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Boeing 777 faz pouso de emergência em Moscou após problema no motor

Publicado em 26/02/2021 Editoria: Cidade


Um Boeing 777 da companhia russa Rossiya teve que fazer um pouso de emergência nesta sexta-feira (26) em Moscou após um problema no motor, menos de uma semana depois de um grande incidente com uma aeronave similar nos Estados Unidos.
 
"Durante o voo de carga 4520, de Hong Kong para Madri, foi detectado um mau funcionamento do sensor de controle do motor", afirmou à companhia aérea em um comunicado. "A tripulação decidiu fazer um pouso de emergência em Moscou", completa a nota.
 
Aviões da Aeroflot e da Rossiya Airlines em aeroporto de Moscou - Tatyana Makeyeva - 8.abr.20/Reuters
"A aterrissagem aconteceu normalmente. O avião retomará o voo a Madri depois das 12h (6h em Brasília)", informou a Rossiya, filial da companhia pública russa Aeroflot.
 
Os sites especializados confirmaram que o avião era um Boeing 777-300ER.
 
A Rossiya afirmou à AFP que todos os seus Boeing 777-300ER estão equipados com motores GE90 da fabricante americana General Electric, um modelo diferente do envolvido no acidente da semana passada nos Estados Unidos.
 
No sábado (20), o motor direito de um Boeing 777 que seguia de Denver (Colorado, Estados Unidos) para Honolulu (Havaí), com 231 passageiros e 10 tripulantes, sofreu um incêndio pouco depois da decolagem, o que obrigou os pilotos a retornar de maneira imediata ao aeroporto de partida. Ninguém ficou ferido e a aeronave conseguiu pousar.
 
Destroços, no entanto, caíram perto de casas da cidade, e cenas do avião voando mesmo com um dos motores em chamas chamaram a atenção.
 
O outro caso ocorreu na Holanda, no domingo (21), com um Boeing 747-400 de carga que deixou cair peças do motor após uma explosão no ar e um incêndio pouco depois da decolagem. O avião, da Longtail Aviation, espalhou pequenas peças de metal sobre a cidade de Meerssen, no sul do país, provocando danos materiais e ferindo uma mulher.
 
A aeronave, que viajava com destino a Nova York, era equipada com motores Pratt & Whitney PW4000, mas em uma versão menor do equipamento utilizado no voo de Denver. O avião pousou com segurança no aeroporto de Liege, na Bélgica, cerca de 30 quilômetros ao sul da fronteira holandesa.
 
Após os incidentes, mais de 120 Boeing 777 equipados com motores Pratt & Whitney PW4000 deixaram de voar em todo o mundo, até que sejam feitas revisões de segurança.
 
Os incidentes desta semana são outra dor de cabeça para a empresa após a crise do 737 Max. Em 2018, um avião Boeing 737 MAX da companhia Lion Air decolou do aeroporto de Jacarta, na Indonésia, com 189 pessoas a bordo. Doze minutos depois, a aeronave caiu no mar de Java, ao norte da capital, sem deixar sobreviventes.
 
O acidente foi o primeiro envolvendo a recém-lançada aeronave, última geração do modelo mais vendido da história. Desde então, uma segunda queda em circunstâncias semelhantes elevou para 346 o número de mortes em acidentes envolvendo o MAX, que teve os voos suspensos em março de 2019.
 
A proibição durou 22 meses até que, em novembro, a FAA (órgão regulador do setor aéreo nos EUA) autorizou a retomada dos voos com o 737 MAX. Dias depois da aprovação americana, a Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) também aprovou a retomada da operação do modelo no Brasil.


› FONTE: Folha