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Vice-prefeita de Bataguassu reclama de nomeações e deixa Secretaria de Assistência Social

Publicado em 04/05/2021 Editoria: Política


Decisão foi adotada em meio às investigações instauradas na Câmara Municipal daquela cidade

Decisão foi adotada em meio às investigações instauradas na Câmara Municipal daquela cidade

Zelia Bonfim, então secretária de Assistência Social e Políticas para Mulheres e vice-prefeita de Bataguassu, 335 quilômetros de Campo Grande, comunicou em sua conta no Facebook o pedido de demissão do cargo no primeiro escalão. O anúncio ocorre em meio às investigações instauradas pela Câmara Municipal em relação à gestão de saúde daquela cidade.
 
"Passado quatro meses, constantei por várias oportunidades que Bataguassu não vem sendo administrado pelo prefeito que escolhi para apoiar e auxiliar e sim por pessoas não eleitas democraticamente e nomeadas em cargos estratégicos, sem lastros com nossa cidade", aponta em seu texto.
 
Sem apontar nomes ou fatos, a ex-secretária diz que tais pessoas não &39;demonstram compromisso com nossa população, fugindo dos ideias e propósitos&39; do pleito eleitoral. Zellia afirma que tentou reverter o quadro, mas não foi atendida. 
 
Em nota, o prefeito Akira Otsubo (MDB) informou que recebeu com &39;pesar&39; o pedido de exoneração de Zélia, que alegou motivos pessoais para tomar a decisão. "A nossa vice prefeita vinha desenvolvendo um excelente trabalho na pasta, especialmente junto aos mais necessitados”. Reforçou que a agora ex-secretária mantém-se &39;normalmente no cargo de vice-prefeita, atuando junto a administração municipal&39;.
 
“Zélia é uma pessoa de extrema competência e muito querida por todos nós. Seu trabalho como vice-prefeita continua normalmente, nos auxiliando no projeto de progresso e humanização que juntos definimos para Bataguassu”, ressaltou o prefeito.
 
CPI 
Em abril, a Câmara Municipal de Bataguassu aprovou abertura de CPI que vai apurar eventuais irregularidades na gestão de saúde públoca. O colegiado é resultado das denúncias apresentadas em relatório de uma comissão especial que foi criada anteriormente.
 
Segundo notificado, em 11 de janeiro, uma mulher grávida perdeu o bebê após não ter sido atendida por um ginecologista no pronto-socorro da Santa Casa de Bataguassu. O caso foi revelado duas semanas depois pelo jornal Cenário MS. Uma semana depois, um bebê morreu após não ter assistência pediátrica no mesmo hospital.
 
Em depoimento à comissão especial, o então secretário municipal de Saúde afirmou que as mortes não ocorreram por falta de pessoal, mas por má conduta médica. Ainda conforme o relatório, as famílias da vítimas rebateram o secretário nas redes sociais, o que enseja mais esclarecimentos.
 
Também foi constatado que o hospital contratou médicos sem registro junto ao CRM/MS (Conselho Regional de Medicina). Outro fato apontado é que o sistema de saúde estaria sofrendo com influência de terceiros.


› FONTE: Midia Max