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Através do Hospital de Aquidauana, infectologista orienta população

Publicado em 20/01/2022 Editoria: Saúde


Com esse "boom" de casos de covid e influenza, o Hospital Regional de Aquidauana bateu um papo com o médico infectologista, especialista e pesquisador da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Julio Croda, para trazer algumas orientações a vocês.
 
E o especialista foi categórico: a população tem que se imunizar! Sobre a variante Ômicron, Croda explicou que a maior taxa de transmissibilidade acarreta uma necessidade maior de vacinados contra o coronavírus. Enquanto para as variantes originais Delta e Gama a imunidade coletiva seria alcançada com 70% da população vacinada, para a variante Ômicron, as taxas de aplicação de doses precisam ser superiores a 90%.
 
Desde o pico de casos e internações por Covid-19, no primeiro semestre de 2021, até agora, temos visto que a doença passou a ser menos grave para pessoas com o ciclo vacinal completo. O especialista ressalta que não é que o vírus ficou mais fraco ou menos grave.
 
O que acontece é que a população ganhou imunidade. As pessoas que já receberam pelo menos duas doses da vacina contra a Covid-19 apresentam uma resposta imune ao vírus, e com a dose de reforço essa proteção aumenta ainda mais. 
 
O índice de vacinação ainda preocupa porque a variante Ômicron é mais transmissível, com a sua proliferação sendo equivalente ao vírus do sarampo, que tem uma taxa de contágio de 12 a 18. A variante Ômicron tem uma taxa de contágio de 10 e vai encontrar as pessoas não vacinadas. Então, preocupa muito, sim, que não tenhamos atingido ainda 80% a 90% da população vacinada com a dose de reforço. Neste momento, direcionamos a preocupação a essas pessoas sem o quadro vacinal completo. Para atingirmos a imunidade acima de 90%, é preciso vacinar as crianças com imunobiológicos que sejam eficazes para isso. 
 
Nesse sentido, entendemos que a Covid-19 se tornará endêmica, teremos períodos sazonais da doença, e é importante que as pessoas que apresentam maior fragilidade para a doença estejam com o seu esquema vacinal completo.
 
E a influenza?
 
No caso da nova variante influenza H3N2, a Darwin, que causou surtos em muitas cidades brasileiras, inclusive em Mato Grosso do Sul, o infectologista explica que é uma cepa da influenza que causa doenças sem maior transmissibilidade e sem maior severidade.
 
Entretanto, essa variante não estava presente no componente da vacina que foi ofertada para a população a partir de abril de 2021. E, portanto, a população como um todo não tem uma resposta imune adequada a essa variante.  
 
Somando-se a isso, 2021 foi o ano em que em todo o País, não só no Estado, a cobertura contra influenza foi a menor da última década. A baixa cobertura vacinal e a imunização com uma vacina que não contém essa cepa original permitem que o vírus circule mais. Entretanto, a letalidade e a evolução com casos graves é semelhante aos demais vírus da influenza.
 
Com o surgimento de novas cepas da gripe e novas variantes ainda mais contagiosas de Covid-19, o uso da máscara pode ficar na vida das pessoas a longo prazo e, o pesquisador da Fiocruz alerta que não é recomendado que a gente deixe de usar máscara.
 


› FONTE: Assessoria