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Denúncia contra juiz e oito advogados mostra venda de decisão por R$ 100 mil

Publicado em 24/06/2020 Editoria: Polícia


Já uma negativa, etapa necessária para entrar com recurso no TJ, custaria R$ 20 mil

Já uma negativa, etapa necessária para entrar com recurso no TJ, custaria R$ 20 mil

Denúncia contra o juiz afastado Aldo Ferreira da Silva Júnior e oito advogados  mostra um efervescente balcão de negócios na Vara de Sucessões de Campo Grande, com cobrança de R$ 100 mil por uma sentença favorável ou R$ 20 mil para negar um pedido, que dependia de decisão para ingresso de recurso no TJ/MS (Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul).
 
A terceira ação do MP/MS (Ministério Público de Mato Grosso do Sul) tem 16 denunciados, incluindo pecuaristas, empresário e psicóloga.  O documento aponta a solicitação de vantagens indevidas, um pedágio, para advogados inventariantes e herdeiros.
 
A estratégia era retardar o andamento processual, um desleixo que  poderia ser atribuído a mero entrave da máquina jurisdicional, mas revelou-se, conforme a acusação, “proposital e criminoso”.
 
Num dos espólios, um dos herdeiros, que também foi denunciado pelo Ministério Público, revela que fez pagamento de R$ 100 mil por uma decisão favorável. Alertado pelos advogados de que o juiz “gostava de dinheiro” ele autorizou que seus quatro representantes negociassem com o magistrado. A intenção do herdeiro era impedir obra em terreno no bairro Tiradentes, em Campo Grande, que havia sido locado com autorização de sua irmã.
 
De acordo com a denúncia, nos dias 17 de agosto e 7 de outubro de 2016, Aldo solicitou vantagem indevida a quatro advogados do mesmo escritório, de Campo Grande.
 
 “Consistente no valor em dinheiro de R$ 100 mil, a fim de que fosse deferido pedido para interrupção da obra nos imóveis, ou R$ 20 mil a fim de que despachasse na autos negando o pedido, viabilizando, com isso, a possibilidade de recurso ao Tribunal de Justiça, vale dizer, para que movimentasse o inventário que mantinha dolosamente parado, sem impulso oficial”.
 


› FONTE: Campo Grande News