Delegacia da Mulher prende indígenas envolvidos em estupro em Aquidauana
Publicado em 08/07/2020
Editoria: Polícia
Delegada titular da DAM, Joilce Silveira Ramos (Foto: Vinicius Eduardo)
A Delegacia da Mulher em Aquidauana prendeu ontem, terça-feira (07) preventivamente mãe e filho, indígenas da Aldeia Lagoinha, em Aquidauana, por estupro de vulnerável.
O homem, de 41 anos, abusou da prima pequena durante quase três anos! Desde os 8 anos até os 10, com o consentimento da mãe, 61, que é tia da vítima.
De acordo com a Polícia Civil, em 2017 a mãe da menina ficou doente e fazia hemodiálise 3 vezes por semana, o que obrigava a criança a realizar afazeres domésticos, inclusive almoço e jantar.
Infelizmente a mulher faleceu e a vítima passou a morar com a tia, na aldeia Lagoinha, onde o primo passou a realizar abusos sexuais, a tia que é mãe do autor, tinha conhecimento e ainda ameaça a criança caso ela contasse para alguém.
Os abusos eram tão cruéis, que em dezembro de 2019, a menina chegou a sangrar, sendo levada pela parente para atendimento médico, onde o profissional constatou de cara o estupro. A menina, pediu para falar em particular com o “tio médico” e contou alguns detalhes das barbaridades que ocorria na casa da tia.
De imediato foi acionado o Conselho Tutelar que na mesma hora retirou a criança dos dois estupradores, a levou para morar com um irmão, e denunciou o caso a DAM – Delegacia da Mulher de Aquidauana, que também cuida de fatos envolvendo crianças, adolescentes e idosos. O CREAS, da Prefeitura de Aquidauana, também entrou no caso, auxiliando a vítima com atendimento psicológico.
A delegada titular, Joilce Silveira Ramos, após receber relatório do Creas, representou pela prisão preventiva de tia e primo, sendo deferida pela Justiça, sendo cumprida nesta terça, após um bom tempo atrás do autor do estupro.
A autoridade policial alerta que, a exemplo desta tia, quem comete crime por omissão também é passível de prisão, principalmente se for criança e idoso e, se quem omitiu for a pessoa responsável, por eles.
A delegada ainda pontuou que agora a menina está bem, residindo com o irmão e sendo acompanhada com atendimento psicológico por equipe do CREAS.
› FONTE: JNE