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Após parar no Jornal Nacional, jovem indígena quer ajuda para mais vídeos

Publicado em 03/09/2020 Editoria: Cidade


Miriani produz vídeos numa aldeia em Dois Irmãos do Buriti, com pouco dinheiro, agora ela busca ajuda para comprar equipamentos
 
Uma adolescente indígena da etnia terena, que mora em Dois Irmãos do Buriti, a 115 quilômetros de Campo Grande, está levando o nome da comunidade “Água Azul” bem longe por meio de seus vídeos, gravados na aldeia.
 
Miriani Duarte, de apenas 15 anos, começou a gravar vídeos de forma despretensiosa. Gravava sua rotina e coisas do dia a dia da aldeia. Com a chagada da pandemia, a jovem sentiu necessidade e também expôr o risco que os indígenas estão correndo.
 
“Comecei gravar há pouco tempo sobre a aldeia. Estive focada, antes, só na minha vida pessoal. Agora tenho interesse de falar sobre a minha cultura, sobre como é morar aqui na aldeia”.
 
Um dos vídeos gravados por Miriani foi usado em uma reportagem do Jornal Nacional. Ela gravou o próprio pai, o ex-cacique, Ageu Reginaldo, pontuando as fragilidades da comunidade no combate ao coronavírus.
 
Depois desse resultado, Miriani agora tenta ajuda de um financiamento coletivo para continuar produzindo seus vídeos, mas com mais qualidade. “A importância da vaquinha online que eu fiz é sobre a questão financeira.  Eu não tenho dinheiro pra ter alguns equipamentos pra fotos e pra vídeos.  Então gostaria que alguém de pudesse me ajudar eu ficaria muito grata por isso”.
 
Miriani acha que a produção audiovisual é uma ferramenta importante para falar sobre a cultura indígena. “É que as pessoas têm uma visão totalmente errada sobre as nossas culturas. Acham que o índio ainda vive de caça e de pesca . Quando na verdade o índio se modernizou, teve que se adaptar com a modernidade. Hoje conseguimos entrar em uma faculdade. Inclusive aqui na aldeia onde eu moro tem vários acadêmicos que já se formam, foram em busca de alguma profissão”. 
 


› FONTE: Campo Grande News