Mãe chora morte do menino Miguel afogado pelo pai em uma bacia
Publicado em 21/09/2020
Editoria: Polícia
O lado obscuro da paternidade e a dor eterna de uma mãe: assassinato de Miguel não pode cair no esquecimento
Sábado, 19 de setembro de 2020, a jovem Thayelle Reis chora um ano da partida precoce de seu pequeno Miguel, de apenas 2 anos e 11 meses, que teve a vida ceifada cruelmente, onde o próprio “pai”, Evaldo Cristhian Zenteno, 22 anos, friamente afogou o menino em uma bacia com água. Atualmente o homem cruel e frio está preso em Campo Grande, aguardando julgamento.
A mãe, durante todo esse período permaneceu em silêncio, mas no aniversário de morte do filho, abriu seu coração ao Blog Mulheres Inumeráveis, no Instagram. Moradora de Aquidauana, desabafou que ainda se depara com julgamentos. Sim, tem pessoas que ainda atribuem culpa a moça, já que o criminoso sórdido entre inúmeras versões e contradições, ainda teve coragem de dizer que matou o próprio filho porque havia sido traído por Thayelle.
O autor é dissimulado ao extremo, já que a jovem afirma veemente que não houve traição e que, quando aconteceu o crime, fazia mais de dois meses que os dois haviam se separado. Mas e se tivesse sido traído?
Justificaria matar o próprio filho? Não, esse tipo de barbárie não se justifica! Thayelle só queria recomeçar sua vida ao lado do seu filho, não é crime querer terminar um relacionamento falido, crime é matar uma criança para satisfazer suas vaidades pessoais.
Thata, como é carinhosamente conhecida, segurando o cobertorzinho preferido do filho, contou ao Blog Mulheres Inumeráveis, que até hoje escuta a voz de Miguel, ouve o pequeno chama-la, mas entra em desespero ao “cair na real” e o único conforto e atirar-se nos braços da fé. Revisitando lembranças e circulando entre referências do que era a presença do filho, restou além do cobertor, um álbum de fotos montado carinhosamente, brinquedos preferidos do menino…
Os outros pertences foram doados à crianças em situação de vulnerabilidade. A mãe também fez duas tatuagens: uma em vida, e uma após a partida de Miguel. Em sua camiseta em homenagem ao filho, a frase: ‘Nunca saberemos quão forte somos, até que ser forte seja a única escolha’.
“Todos os dias eu acordo, coloco um sorriso que não é meu no rosto e vou trabalhar, trabalhar para fazer justiça por Miguel”, desabafou Thayelle.
› FONTE: JNE