Mercado prevê manutenção da taxa de juros em 2% ao ano
Publicado em 28/10/2020
Editoria: Brasil
O Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central se reunirá nesta quarta-feira (28), e a previsão de analistas do mercado financeiro é que a taxa básica de juros, a Selic, seja mantida em 2% ao ano (menor percentual da série histórica). A decisão será anunciada por volta das 18h.
A alta nos preços dos alimentos em setembro fez a inflação oficial, medida pelo IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), disparar.
No mês passado, a inflação somou 0,64%, o maior patamar para o mês desde 2003. No começo de outubro, o IPCA avançou para 0,94%, a maior taxa para o período em 25 anos.
O Copom e a Selic
O Copom fixa a taxa básica de juros com base no sistema de metas de inflação. Para 2021, ano no qual o BC passou a mirar as decisões, a meta central de inflação é de 3,75% e será oficialmente cumprida se o índice oscilar de 2,25% a 5,25%.
As decisões sobre juros leval de seis a nove meses para ter impacto pleno na economia.
No entanto, embora a inflação esteja crescendo nos últimos meses, a previsão mais recente dos economistas dos bancos é de que somará 2,99% neste ano e 3,10% em 2021. Com isso, a previsão é de que a inflação ficará abaixo da meta central de 4% de 2020 e em linha com os objetivos fixados para o ano que vem.
A meta de inflação é fixada pelo CMN (Conselho Monetário Nacional). Para alcançá-la, o Banco Central eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).
"Continua válida a visão de que a estabilidade da taxa básica de juros é justificada por expectativas [de inflação] ancoradas [às metas] e projeções de inflação abaixo da meta no horizonte relevante para a política monetária [próximos 18 meses]", avaliou o Itaú, em comunicado assinado pelo seu economista-chefe, Mario Mesquita.
A instituição estima, em cenário base, a permanência do juro baixo "por um bom tempo".
› FONTE: G1