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As cinco lojas da Bigolin poderão ser reabertas amanhã, às 8

Publicado em 21/03/2019 Editoria: Cidade


As cinco lojas do Grupo Bigolin serão reabertas até a próxima sexta-feira (22), às 8h da manhã. De acordo com o administrador judicial José Eduardo Cury, a abertura das lojas ocorrerá após conferência dos bens que foram interditados e lacrados no momento em que foi decretada a falência.
 
"Até hoje, no fim da tarde, eles têm um posicionamento, porque esperamos terminar essa essa conferência ainda hoje para abrir as lojas amanhã, a partir das 8h", disse o advogado.
 
As cinco lojas estarão atendendo normalmente e os funcionários já foram avisados. Ainda de acordo com o advogado, todos os clientes vão receber produtos que já foram adquiridos.
 
SUSPENSÃO
 
Desembargador Vilson Bertelli suspendeu, na última quarta-feira (20), decisão judicial que determinou falência das cinco lojas do Grupo Bigolin. De acordo com o desembargador, era importante que as lojas voltassem a funcionar devido a importância social, bem como a entrega de produtos comprados por clientes. Isso porque, no decreto de falência, as lojas eram proibidas de entregar mercadorias aos consumidores que já tinham adquirido os produtos. Alguns clientes chegaram a entrar na Justiça, na manhã desta quinta-feira (21), para tentar receber os valores da empresa.
 
O decreto de falência ocorreu três anos após a empresa entrar em crise financeira e pedir recuperação judicial para tentar renegociar dívida que ultrapassa a cifra de R$ 59 milhões.
 
Em sentença proferida nesta semana, o juiz da Vara de Falências, Recuperações, Insolvências e Cartas Precatórias Cíveis, José Henrique Neiva de Carvalho e Silva, também autorizou o administrador judicial Pradebon & Cury Advogados Associados a lacrar os estabelecimentos comerciais e arrecadar os bens das empresas falidas que formam o grupo.
 
Além da empresa Bigolin Materiais de Construção Ltda., também fazem parte da rede a Ângulo Materiais de Construção e Serviços Ltda., Casa Plena Materiais de Construção Ltda., D&D Comércio, Construção e Serviços Ltda. e Nara Rosa Empreendimentos Imobiliários Ltda. 
 
CRISE
 
Com um montante de R$ 54,7 milhões em dívidas, a Bigolin ingressou com pedido de recuperação judicial em março de 2016. Segundo nota divulgada pela rede na época, o processo de recuperação tinha como objetivo de ajudar a superar “a crise econômico-financeira da empresa, para garantir a manutenção da sua capacidade produtiva, dos empregos e dos interesses dos credores, promovendo a sua preservação, a sua função social e o estímulo à atividade econômica”. 
 
Em decorrência da divergência de valores de débito e da inclusão de novos credores após a apresentação do plano de recuperação, a dívida aumentou para R$ 59,2 milhões, mas no mesmo ano o grupo conseguiu baixar o valor do débito para R$ 54,7 milhões, após revisar os valores com parte dos 754 credores (entre bancos, fornecedores e ex-funcionários da rede). A Bigolin também tentou angariar recursos por meio do leilão de seu antigo centro de distribuição, situado no anel rodoviário de Campo Grande e então avaliado em R$ 15,5 milhões, mas o certame não teve interessados. 
 
A Bigolin nasceu no Rio Grande do Sul em 1955 e está em Mato Grosso do Sul desde 1982, contando com unidades espalhadas também por São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Até 2016, a rede mantinha seis lojas abertas no Estado, quatro delas na Capital. Duas delas, situadas no Shopping Norte Sul Plaza, em Campo Grande, e a outra em Ilha Solteira (SP), foram fechadas logo após a apresentação do pedido de recuperação judicial.


› FONTE: Correio do Estado