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Foco é seguir “rastro” do dinheiro para combater corrupção, diz novo chefe da PF

Publicado em 22/03/2019 Editoria: Polícia


A prioridade da PF/MS (Polícia Federal de Mato Grosso do Sul) será combater organizações criminosas e o desvio de dinheiro público, afirmou o novo superintendente Cleo Mazzotti que, nesta sexta-feira (dia 22), tomou posse do cargo durante solenidade em Campo Grande.
 
Sem detalhar o orçamento no qual vai trabalhar, o chefe da Polícia Federal afirmou que a superintendência terá condição de desempenhar terá “verba suficiente” e que recursos adicionais serão buscados. “Mas nesse momento, não cabe muito falar em números”. Em 2018, 11,7 milhões, 20% a menos do que foi destinado à delegacia de Foz do Iguaçu.
 
Em sua gestão, afirma, o foco será a busca do rastro do dinheiro desviado, justamente para acabar com as organizações criminosas. “A prioridade é combater o desvio de dinheiro público e as organizações criminosas no seu vértice econômico”.
 
Ainda durante discurso, Cleo Mazzotti afirmou que a Polícia Federal de Mato Grosso do Sul é a primeira colocada no País em relação às atividades operacionais e exames periciais. Além de combate à corrupção, a PF no Estado mira crimes ambientais, ações contra pedofilia e ainda atua no setor de imigração, acrescentou o novo superintendente.
 
Mazzotti assume o lugar de Luciano Flores, a quem agradeceu o trabalho. O ex-chefe assume a PF do Paraná. “Mato Grosso do Sul e Paraná serão superintendências irmãs”.
 
Luciano Flores afirmou que a Polícia Federal de Curitiba se destaca pela Lava Jato e que o Brasil passa por uma crise nacional de relações institucionais. O que, em sua visão, é natural em quando um país tão grande como o Brasil resolve fazer um combate “tão severo” à corrupção. Sobre a nova gestão de MS, afirmou que o Estado está “bem gerido”.
 
Formado em Direito e pós-graduado em Gestão Pública, Cleo Mazzotti é delegado e há três anos e meio em MS. É natural do Rio Grande do Sul, começou a carreira em Foz do Iguaçu, passou por Londrina e Curitibá - cidades do Paraná -, até chegar em Campo Grande, em 2015.
 
‘Lava Jato de MS’ – A respeito da Lama Asfáltica, que em âmbito estadual investiga desvios de dinheiro público, o novo superintendente afirmou que, a cada nova fase, os materiais apreendidos são analisados.
 
Caso contenham informações novas, uma nova etapa é desencadeada “retroalimentando” a operação. MS chegou a 6ª fase em 2018 e as apreensões ainda estão em análise, afirmou Mazzotti. A Operação Lama Asfáltica já bloqueou R$ 530 milhões em bens dos investigados. Só na 6ª fase, batizada de Computadores de Lama, foram R$ 22 milhões sequestrados.
 
Compuseram a mesa de autoridades, o presidente da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de MS, Mansour Elias Karmouche, secretário da Sejusp (Secretaria de Justiça e Segurança Pública), Antônio Carlos Videira, procurador-chefe do MPF (Ministério Público Federal), Emerson Kalif Siqueira e o senador Nelson Trad Filho (PSD). A solenidade ocorreu no auditório da CGU (Controladoria-Geral da União).


› FONTE: Campo Grande News