Enteado do ‘senhor das armas’, preso há 4 anos é solto com alvará falso
Publicado em 10/02/2021
Editoria: Polícia
João Filipe Barbieri, 31 anos, apontado pela Polícia Federal como um dos maiores traficantes de armas do mundo, deixou a cadeia no Rio de Janeiro após apresentar um alvará de soltura falso.
Barbieri é enteado de Frederick Barbieri, considerado o ‘Senhor das Armas’, que está preso nos Estados Unidos. Ele estava preso na penitenciária de Bangu, desde 2017, condenado a 27 anos de prisão por associação para o tráfico e tráfico internacional de armas.
João Filipe é acusado pelo MPF/RJ (Ministério Público Federal no Rio de Janeiro) de ser um dos gerentes da quadrilha internacional de tráfico de armas liderada por Frederick.
A quadrilha vendeu pelo menos 1.043 fuzis e 297 mil munições entre os anos de 2014 e 2017. As armas eram compradas nos Estados Unidos por cerca de 3,5 mil dólares, trazidas para o Brasil escondidas em aquecedores de piscinas e vendidas por até 57 mil.
Segundo publicado no portal G1, a Seap (Secretaria de Administração Penitenciária) do Rio de Janeiro confirmou a saída de João Barbieri da prisão em 18 de novembro de 2020, mas não mostrou a decisão judicial que possibilitou que ele deixasse a cadeia.
A denúncia de saída de Barbieri chegou ao relator do caso na Justiça Federal. Em janeiro deste ano, ele pediu explicações à Seap sobre a situação penal e João Filipe.
Na semana passada, a Seap confirmou a saída do traficante. Segundo um ofício da Justiça, João teria sido liberado por uma decisão interlocutória, ou seja, ‘de boca’.
Nesta segunda-feira (8), a Seap enviou um novo ofício à Justiça federal reafirmando que Barbieri estava solto. A secretaria incluiu os números dos alvarás de soltou, mas não anexou os documentos, alegando apenas que os alvarás foram concedidos pela 8° Vara Federal Criminal.
Na tarde desta terça (9), a Justiça Federal confirmou que não deu nenhuma decisão para soltar Barbieri e que o alvará de soltura é falso. O desembargador Marcelo Granado, afirmou que irá cobrar explicações do Ministério Público e da Seap.
Informações do jornal Diário da Região e portal G1.
› FONTE: Midiamax