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Polícia abre sindicância sobre vídeo que tira sarro de escrivães

Publicado em 09/03/2021 Editoria: Cidade


A Polícia Civil em MS abriu sindicância para identificar e apurar responsabilidade sobre a conduta dos instrutores em vídeo que mostra alunos do curso de formação e investigadores satirizando o trabalho de escrivães. O “escrivão não é polícia” causou desconforto entre sindicato e a DGPC (Delegacia Geral da Polícia Civil).
 
Em nota, a assessoria da PC informou que a DGPC adotou “todas as medidas de caráter administrativo cabíveis para a completa elucidação da autoria de tais fatos e eventuais penalidades.
 
Na prática, significa que foi aberta sindicância. A assessoria informou que os diretores do curso de formação estão averiguando para apurar responsabilidades e há sanções previstas, porém, dentro do código de conduta da Acadepol. Não há informação de que tipo de penalidades os  instrutores ou até os alunos poderão responder.
 
A nota também trata do deboche do canto. “(...) esclarece que a formação profissional de cada uma das carreiras que compõe o grupo Polícia Civil, reveste-se de importância ímpar e única, de modo que não há qualquer prevalência de relevância entre elas, mas diversidade de atuação, ressaltando a necessidade de que haja perfeita harmonia e respeito pelo trabalho desenvolvido por cada grupo profissional, desde o mais incipiente na função até o que detém maior tempo de atuação.”
 
No vídeo, dois instutores estão posicionados em frente aos alunos do curso de formação. Um deles grita frases que são repetidas por eles e pelo colega, que estão ao lado.
 
Escrivão não é polícia e só sabe digitar, se tem guerra e terror é o tira que vão chamar. Oh ‘escriva’ não adianta, você pode até tentar. Mas como um investigador você nunca vai vibrar”, cantam os alunos.
 
A música ainda “tira sarro” da rotina de trabalho dos escrivães. “Sua arma é o teclado, um carimbo e uma caneta, enquanto o investigador amedronta até o capeta”, diz outro trecho.
 
O vídeo foi compartilhado em grupos de WhatsApp e causou descontentamento entre os profissionais da área. Diante da repercussão, o Sinpol (Sindicato dos Policiais Civis de MS) repudiou o “tom ofensivo” do vídeo e acionou a DGPC (Delegacia-Geral da Polícia Civil) e a própria academia, pedindo providências para que esse tipo de conduta não venha estimular a rivalidade entre os policiais civis.
 
 
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› FONTE: CAMPO GRANDE NEWS