A visita inesperada de um tuiuiú, ave símbolo do Pantanal, viralizou nas redes sociais no fim de semana. Imagens da ave na área central chamou a atenção de moradores da rua Treze de Junho, centro do município pantaneiro, que é conhecido pelas belezas e encantos do Pantanal.
O pecuarista Carlos Eduardo Sanches Mônaco, conhecido como Dinho Mônaco, flagrou por volta das 14h, de sábado (03), a ave pousando tranquilamente no meio da via. Acostumado a ver animais silvestres em sua propriedade, para ele, a "visita" foi uma surpresa.
“Fui para o supermercado fazer compras, aqui perto de casa, mas não havia vaga no estacionamento do estabelecimento e resolvi retornar. Quando cheguei em frente de minha residência, a surpresa, pois o tuiuiú pousou praticamente do lado da minha caminhonete, no meio da rua. Sorte que nessa hora não vinha nenhum carro”, contou o pecuarista.
"Para mim, que sou pecuarista e vejo isso no Pantanal, foi a primeira vez que presenciei um pássaro pantaneiro, no meio da rua e das fiações elétricas. Achei muito bonito, sensação de surpresa na hora que ele pousou, ficou um pouco parado e levantou voo”, descreveu.
Ao Diário Corumbaense, Dinho Mônaco disse que um dos animais mais bonitos que já viu entre idas e vindas para o Pantanal, foi um lobo guará. Ele também relembrou a vez que um cervo do pantanal apareceu em uma das ruas do Centro, como a cena que flagrou do tuiuiú.
“A coisa mais bonita que já consegui presenciar foi um lobo guará na fazenda. Mas aqui, tuiuiú na cidade, do jeito que vi, foi a primeira vez. Mas, há uns 20 anos, também vi um cervo do Pantanal, na rua Ladário, ele estava assustado e passou correndo, acho que chegou a cair em um buraco”, relembrou. “Eu digo que é uma sensação única, pois muitos que vivem aqui, nunca ao menos, conseguiram ver esses animais de perto”, completou.
A ave
De plumagem branca e pernas pretas, o tuiuiú possui papo vermelho que se destaca entre o preto do pescoço. Com cerca de 30 centímetros, o bico é preto e muito forte.
O período reprodutivo dos tuiuiús coincide com o de estiagem das águas, ou seja, quando o nível da água está baixando e os peixes ficam vulneráveis nas baías servindo de alimento para o casal e os filhotes, que aguardam nos ninhos, que podem chegar, em alguns casos, a até três metros de diâmetro.