Nesta quinta (6), o Instituto Butantan fez uma entrega de 1 milhão de doses da CoronaVac, vacina produzida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac. Este lote inicia a entrega de 54 milhões de doses ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), objeto do segundo contrato com o Ministério da Saúde, e que será integralizado até o final do mês de agosto. Com isso, o Butantan já enviou ao governo até agora 43,1 milhões de doses.
Em janeiro, foram entregues ao PNI 8,7 milhões de doses da vacina; em fevereiro, 4,8 milhões; em março, foram 22,7 milhões; em abril, 5,8 milhões, finalizando o primeiro contrato. Em maio, até o momento, foram 1 milhão de doses enviadas.
A saída do carregamento foi acompanhada pelo governador de São Paulo, João Doria, pelo secretário de Estado da Saúde, Jean Gorinchteyn, pela coordenadora geral do Programa Estadual de Imunização, Regiane Cardoso de Paula, e pelo presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas.
"Na próxima semana entregaremos mais 3 milhões de doses, sendo 2 milhões na segunda-feira e 1 milhão na quarta-feira. Daqui 15 dias, teremos mais 2 milhões de doses", afirmou Dimas Covas em coletiva de imprensa nesta manhã.
Após o final do contrato de 54 milhões de doses, ainda serão entregues 30 milhões de doses adicionais ao Ministério da Saúde, além de 20 milhões ao governo do estado de São Paulo.
Nos próximos dias, esperava-se a entrega de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) suficiente para produzir de 6 a 8 milhões de doses da CoronaVac. Porém, de acordo com Dimas Covas, existe uma previsão de redução deste volume, que inicialmente era de 6 mil litros e agora é de 2 mil litros. "Nós dependemos da chegada desta matéria-prima o quanto antes para regularizar a entrega ao ministério. Tanto o Butantan quanto a Sinovac têm capacidade de processar maior volume de vacinas", explica. Com as mudanças, a previsão da nova data para recebimento do IFA é 13 de maio.
Durante a coletiva, o presidente do Butantan reforçou que o novo coronavírus não foi produzido na China e não faz parte de uma guerra biológica: "A Organização Mundial da Saúde fez uma auditoria em Wuhan e deixou claras as condições de surgimento deste vírus. O relatório foi disponibilizado para o mundo. A China fez o que o Brasil não fez, conseguiu controlar a epidemia".
› FONTE: Butantan