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Apesar de liberado, cinema sofre com falta de público e ofertas

Publicado em 20/05/2021 Editoria: Arte e Cultura


Entrada do UCI no Shopping Bosque do Ipês (Foto: Lucas Mamédio)

Entrada do UCI no Shopping Bosque do Ipês (Foto: Lucas Mamédio)

Corredores vazios, salas silenciosas, pouca fila e oferta de filmes, assim tem sido o cinema em Campo Grande
 
A coisa que mais gostava após uma sessão de cinema era comentar com desconhecido a qualidade do filme que acabávamos de assistir. Muitas vezes isso acontecia no banheiro, enquanto lavávamos a mão, e podia até se estender aos corredores.
 
Ultimamente, ao que parece, isso está difícil de acontecer. As sessões de cinema em Campo Grande estão quase tão solitárias quanto assistir a um filme na sala de casa.
 
O Lado B foi conferir se, mesmo com a liberação, tem alguém ainda indo ao cinema. Até tem, mas nada parecido ao que era antes da pandemia.
 
Primeiro porque a oferta é bem minguada. No cinema que fomos, da rede UCI, havia apenas seis filmes em cartaz, sendo os &39;blockbusters&39; todos dublados, sem opção com legenda.
 
Essa, aliás, tem sido a tônica de todas as redes: menos opções de filmes, horários, e formatos. Sessão 3D, por exemplo, não está mais disponível e, segundo uma funcionária, não estará tão cedo.
 
Fomos a uma sessão no fim da tarde, às 17h00. Para meio de semana, não era de se esperar muita gente, mas realmente estava vazio. Na sala apenas mais um casal conosco. Não houve fila para comprar ingressos, mesmo com guichê tendo apenas uma funcionária.
 
Na entrada, a verificação automática feita por um leitor que havia sido instalada na primeira reabertura, em outubro, retornou a ser por uma funcionária.
 
As medidas de distanciamento dentro da sala continuam em vigência. A venda é feita levando em conta a distância dos clientes. Dentro da sala, porém, se o cliente quiser mudar de lugar, não necessariamente alguém fiscalizando, sendo justo, pelo menos não houve essa verificação em nossa sessão.
 
A sala estava não estava fria, o ar-condicionado parecia estar desligado, levando em conta as normas de segurança.
 
Na saída, já por volta das 18h30, havia uma pequena fila de pessoas, umas cinco, querendo comprar ingresso. O casal que esteve na sessão que assistimos disse que estavam indo no cinema pela primeira após o início da pandemia. Eles não gostaram muito do filme. Nem a gente, diga-se de passagem.
 
A magia do cinema, o friozinho na barriga antes da sessão, parece realmente ter esfriado com as imposições da pandemia. Ainda há quem persista, mas claramente, são poucos.
 
Esperamos dias melhores.
 
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› FONTE: Campo Grande News