Imunização dos adultos protege crianças e adolescentes, afirma Dimas Covas
Publicado em 13/06/2021
Editoria: Brasil
O presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, voltou a ressaltar que a imunização dos adultos é capaz de proteger contra a Covid-19 também crianças e adolescentes.
A afirmação foi feita na sexta (11), durante a entrega ao Programa Nacional de Imunizações (PNI), do Ministério da Saúde, de um novo lote de 800 mil doses da CoronaVac, vacina do Butantan desenvolvida em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac.
“Quando você protege os adultos, essa proteção se estende também à população de crianças e adolescentes”, explicou Dimas Covas. “Isso foi demonstrado de forma muito clara no nosso estudo em Serrana, o Projeto S, em que o número de casos e de manifestações clínicas caiu em todas as faixas etárias”, completou.
Para Dimas Covas, independente da autorização da aplicação da vacina em crianças e adolescentes, a imunidade contra o novo coronavírus deve ser alcançada a partir do momento que cerca de 75% da população tiver sido vacinada. “É importante concluirmos a vacinação dos adultos, das pessoas com mais de 18 anos, para trazer o mais rapidamente possível esse cinturão de proteção”, ressaltou o presidente do Instituto Butantan.
Na manhã de sexta (11), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) permitiu a aplicação de uma das vacinas contra o novo coronavírus utilizadas no Brasil, a da Pfizer, ao público de 12 a 15 anos (adolescentes de 16 e 17 anos já estavam autorizados).
Na China, a CoronaVac foi aprovada para ser usada por crianças e adolescentes de três a 17 anos após ter sua eficácia e segurança comprovadas em estudos clínicos também neste público. A documentação dessa pesquisa foi encaminhada pela Sinovac ao Butantan.
A imunização de menores de 18 anos, no entanto, continua fora do Plano Nacional de Operacionalização da Vacinação contra Covid-19.
Entrega de novas doses da CoronaVac
Dimas Covas falou à imprensa enquanto acompanhava a saída da fábrica do Butantan de 800 mil doses da CoronaVac, na retomada dos envios da vacina contra a Covid-19 ao Ministério da Saúde e, posteriormente, aos estados e municípios. Também estiveram presentes no evento o governador de São Paulo, João Doria, e o secretário estadual da saúde, Jean Gorinchteyn.
As doses enviadas nesta sexta (11) foram produzidas com os 3 mil litros de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) recebidos da China em 25/5, e que são suficientes para a produção de 5 milhões de doses.
Vacinação de grávidas
O presidente do Instituto Butantan comentou ainda sobre um estudo feito pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo que, ao analisar a vacinação de grávidas com a CoronaVac, detectou a presença, por até quatro meses, de anticorpos nos bebês – transmitidos pela placenta e no leite materno. “Isso já é um fato sabido para as outras vacinas e reforça a importância da amamentação, principalmente nesse momento de desafio pandêmico. O estudo é um dos poucos no mundo que abordaram essa característica e é muito importante, principalmente por se tratar da nossa vacina”, explicou Dimas.
› FONTE: Assessoria