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Pantaneira fez tatuagem com as filhas em comemoração à liberdade dos 60 anos

Publicado em 04/04/2019 Editoria: Arte e Cultura


Para alguns, tatuagem é algo simples, mas para a professora Icleia Vargas é motivo de comemoração. Aos 60 anos de vida, comemorados nesta quarta-feira, o sorriso no rosto parece inevitável. Os motivos: o novo e o primeiro desenho na pele, depois de tanto tempo desejando uma tatuagem.
 
Feita em família, ela encarou as agulhas ao lado das duas filhas, depois de muita insistência. “Era um desejo bastante antigo e só agora consegui realizá-lo”, diz. Geógrafa com mestrado e doutorado em Ensino da Ciência na Área da Educação Ambiental, a rotina e as tradições de família durante os últimos foram barreiras para a coragem.
 
“Vim de uma família conservadora, sou de Aquidauana, pantaneira e da fazenda, então essas coisas que não faziam parte da nossa rotina. Mas quando passei a cultivar ideia eu procurava motivos para fazer, mas ia protelando”.
 
Ao decidir sobre marcar na pele o novo ciclo, ela precisou convencer os filhos. “O meu filho é mais conservador e não topou fazer. Mas as minhas filhas, Vírginia e Estela toparam e iniciamos a jornada para escolher o desenho”.
 
Minimalista, o sol, a estrela e uma lua foram parar no punho simbolizando a união de três de mulheres. No último sábado (30) elas chegaram juntas ao estúdio de tatuagem da Nana Almeida para fazer o desenho. Icleia saiu realizada. “Praticamente na véspera do meu aniversário isso foi um verdadeiro presente”.
 
Mas foram os 60 anos de vida que trouxeram mudanças à professora, que agora chega a dizer que esse é momento certo para ela fazer tudo o que tem vontade. “Agora que eu já entrei nos 60 anos eu brinco que estou livre para fazer o que eu quiser, inclusive, tatuagens”.
 
Se um dia a idade foi motivo de questionamentos e insegurança, hoje, para Icleia é sinônimo de liberdade. “Eu sou uma mulher que tenho vontade de fazer muita coisa, viajar, ir para o mato e me divertir. Penso que a chegada da idade, em uma fase anterior da minha vida, foi mais ameaçadora, mas, agora eu estou me sentindo muito bem, já passou aquele clima sério sobre perceber o envelhecimento. Agora, tudo é o lucro, quero usufruir esse tempo de vida que resta com qualidade, mas principalmente, liberdade de fazer o que quiser”.


› FONTE: Campo Grande News Lado B