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Policial penal que atirou em carro de PM é liberado após pagar fiança

Publicado em 02/08/2021 Editoria: Polícia


O policial penal Jonildo Domingos da Silva, de 41 anos, preso após atirar no carro em que estava um policial militar em plena Avenida Eduardo Elias Zahran, em Campo Grande, foi liberado após pagar um salário mínimo de fiança. Em depoimento, ele afirmou ter agido após o motorista sacar a arma e ameaçar motoristas.
 
Jonildo foi levado para delegacia após atirar no Fiat Argo dirigido por Carlos Henriques Quintas Júnior, policial lotado na escolta do Presídio , a Máxima de Campo Grande. Na unidade explicou que cruzou a primeira vez com o militar na Avenida Fernando Côrrea da Costa.
 
Em depoimento, afirmou ter visto o motorista do Argo, que até então não sabia ser policial, sacar uma arma e apontar para os motoristas que passavam pela via para conseguir sair do acostamento e entrar na via. Quando conseguiu passagem, avançou em alta velocidade.
 
Após presenciar a cena, afirmou, decidiu acompanhar o veículo. Ligou para o 190 e passou as coordenadas do então suspeito em “tempo real”, por alguns metros chegou a perder o motorista de vista e só na Avenida Eduardo Elias Zahran, na altura da TV Record, o encontrou novamente.
 
Na versão do policial penal, neste momento ele parou no semáforo ao lado de Carlos. Os dois se entreolharam e o militar teria “debochado” dele e levado a mão da perna para alcançar a arma. Jonildo afirma que neste momento sacou a própria pistola, se identificou como policial e desceu do carro.
 
Afirmou ainda que ao invés de seguir as ordens, o homem no volante do Argo sacou a arma. Ele se escondeu atrás do carro e disparou, só então o suspeito se apresentou como policial militar.
 
Jonildo alegou também que por todo trajeto, o policial dirigiu em zigue-zague na pista, que ele estava com uma caneca na mão e exalava “odor etílico”. Narrou ainda que durante a abordagem o policial estava “alterado” e gritava que o filho estava dentro do carro, apesar de não haver nenhuma criança com ele.
 
Carlos também foi levado para delegacia, já que outros motorista afirmaram ter visto ele dirigir em zigue-zague na Zahran. Ao delegado Nilson Friedrich negou toda a história contada pelo outro policial. Explicou que na noite anterior bebeu três taças de vinho com um amigo e estava indo para casa, se preparar para assumiu o plantão na Máxima.
 
Segundo ele, o tiro veio “do nada”, sem qualquer discussão no trânsito, manobra perigosa, ou alta velocidade, que pudesse justificar a ação. No momento do flagrante, Carlos recusou fazer o teste do bafômetro, mas no Imol (Instituto Médico e Odontológico Legal) fez o exame que apresentou negativo para embriaguez.
 
Ainda assim, foi indiciado por direção perigosa. Após prestar depoimento, também foi liberado.


› FONTE: CAMPO GRANDE NEWS