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TSE anuncia medidas para dar mais transparência à urna eletrônica

Publicado em 12/08/2021 Editoria: Política


O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), Luís Roberto Barroso, que também é ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), anunciou quatro medidas para tornar o processo eleitoral e o funcionamento das urnas eletrônicas mais transparente. O anúncio foi feito na abertura da sessão plenária desta quinta-feira (12).
 
 
 
A ação ocorre dois dias após a derrota da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) do voto impresso na Câmara dos Deputados. Com os constantes ataques que o sistema de votação eletrônico tem sofrido, a Justiça Eleitoral tornará público o acesso a alguns mecanismos de auditabilidade da urna, como a inserção dos programas, a inspeção do código-fonte, o teste de integridade do dispositivo e ainda vai estimular a presença de fiscais independentes no TSE para atestarem a confiança em cada uma das etapas.
 
 
 
“No início da sessão, expliquei às pessoas de boa-fé que o TSE é contra o voto impresso porque ele faria mal à democracia e ao sistema eleitoral. Anunciei providências para aumentar a transparência e o acompanhamento por parte dos partidos e da sociedade”, afirmou Barroso. 
 
 
 
Inspeção do código-fonte
 
 
 
Entre as providências anunciadas, Barroso informou que os códigos-fonte – programas inseridos na urna para permitir a votação e a totalização dos votos – serão abertos aos partidos e técnicos das legendas a partir do dia 1º de outubro deste ano, com seis meses de antecedência do prazo legal. Agora, as legendas terão um ano para avaliar os softwares que rodam no aparelho.
 
 
 
Barroso explicou que a elaboração dos programas é o único momento em que há manipulação humana nos sistemas eleitorais e convidou as agremiações para participar do processo desde o inicio.
 
 
 
“A realidade é que os partidos não compareciam nem indicavam seus técnicos. Assim foi nas Eleições de 2016, nas Eleições de 2018, nas Eleições de 2020: nenhum partido compareceu para fiscalizar. Alguém poderia imaginar que é desídia dos partidos, mas não. Era a confiança que tinham no sistema e, por isso, nem se sentiam obrigados a vir aqui ver como estava sendo feito”, afirmou.


› FONTE: R7