Família do bebê Miguel protesta por pena máxima para o pai assassino
Publicado em 24/08/2021
Editoria: Polícia
Foto: Vinicius Eduardo/JNE
Amanhã, quarta-feira, 25 de agosto, às 8 horas, será o julgamento de Evaldo Christyan Dias Zenteno, acusado da morte do próprio filho, o bebê Miguel Henrique dos Reis Zenteno. O crime aconteceu em 18 de setembro de 2019, quando o jovem afogou a criança em uma bacia, nos fundos de casa.
Ainda marcados e chocados com o crime bárbaro, familiares e amigos fizeram um protesto no início da tarde desta terça-feira, 24, na Lagoa Comprida em Aquidauana, onde a mãe, Thayelle Reis, clama pela pena máxima! Até hoje, a jovem faz acompanhamento psicológico por causa da perda do filho.
Relembre o caso
Um dia antes ao crime, que aconteceu no dia 18 de setembro de 2019, Evaldo pediu o carro emprestado a um amigo, um estudante de 25 anos, que conhecia há cerca de seis meses. Como já tinha emprestado algumas vezes, o rapaz não negou e emprestou o veículo. Evaldo devolveu o carro às 19h30, sendo que pediu ao amigo para deixá-lo no Lago do Amor.
Já na manhã do dia 19 de setembro, Evaldo ligou cedo, por volta das 6h50, e pediu o veículo novamente, dizendo que iria visitar um avô que estava internado. Novamente o amigo emprestou. No horário do almoço, Evaldo e Miguel foram até o local de trabalho do estudante, na região central da Capital, onde almoçaram. O amigo informou, conforme boletim de ocorrência, que não notou comportamento estranho de Evaldo com o filho.
Ao terminar o almoço, ele saiu por volta das 14h, sendo que o amigo combinou que ligaria no horário que fosse sair do trabalho, por volta das 19h. O estudante contou que recebeu uma ligação às 17h40, onde o rapaz dizia que foi assaltado, que os bandidos teriam jogado a criança no rio e após socorrer o filho, levou ao hospital. Quando chegou na Santa Casa, o amigo encontrou Evaldo na presença de alguns policiais.
Depoimento de Evaldo
Evaldo prestou depoimento em audiência e disse que viu quando o filho estava se afogando na bacia. Ele contou que no dia do crime teria colocado o filho para tomar banho na bacia, e que ele estava ainda um pouco sonolento, mas mesmo assim deixou o filho na bacia, e foi para a sala mexer no celular. Minutos depois disse ouvir barulhos vindo de onde estava a criança, foi quando foi até o banheiro e viu o filho se afogando, mas em vez de retirar a criança da bacia voltou para a sala e foi conversar no WhatsApp.
Em depoimento, a mãe de Miguel disse que Evaldo não aceitava o fim do relacionamento e a todo o momento tentava reatar com ela, que era obsessivo e a perseguia. Dias antes da morte de Miguel, a criança havia sido levada até um hospital depois de ter ‘caído’ da cama. Evaldo chegou a dizer que a versão dada por ele sobre a queda foi inventada, já que, na realidade, na casa estavam com ele outra mulher com seu filho e as crianças brincando quando Miguel caiu da cama.
No dia que o filho foi levado inconsciente para o hospital depois da queda da cama, Evaldo havia pedido para a criança dormir com ele em sua casa, e ela nunca desconfiou que o ex-marido pudesse fazer algo contra o seu filho.
› FONTE: JNE