Pecuarista de Aquidauana acusa funcionário sobre furto de gado e é desmascarado pela Polícia Civil
Publicado em 02/10/2021
Editoria: Polícia
Um pecuarista de 55 anos, morador de Aquidauana, foi desmascarado pela Polícia Civil ao acusar um funcionário de sua fazenda sobre furto de gado, a fim de prejudica-lo, pois sabia que ele era inocente, com intuito de não pagar os direitos trabalhistas do homem.
De acordo com informações da Polícia Civil, no dia 20 de setembro, o pecuarista compareceu à Primeira Delegacia de Aquidauana e comunicou ter sido vítima do crime de abigeato. O proprietário rural disse aos policiais que seu capataz abateu um de seus bovinos, dividiu em partes e subtraiu do local sem sua autorização. Disse ainda que o crime teria sido filmado por um outro funcionário da fazenda.
Os policiais então deram início a diligências, tendo como suspeito o capataz da referida fazenda. No entanto, após intimado para esclarecimentos, o funcionário acusado pelo patrão comprovou, por meio de diálogos de WhatsApp arquivados, que o próprio dono da fazenda havia lhe determinado o abate do bovino e sua divisão e partes para o fim de ser vendido a trabalhadores da mesma propriedade rural.
O funcionário acusado injustamente explicou ainda que trabalhava no local sem vínculo empregatício formal e que havia sido demitido sem justa causa recentemente pelo pecuarista.
Após ser intimado novamente, o pecuarista, incialmente, manteve sua versão de existência de crime de abigeato, contudo, ao ser informado sobre a descoberta da falsa comunicação de crime, optou pelo silêncio ao ser interrogado.
Os investigadores também concluíram que o registro de imagens do suposto abate criminoso do bovino foi realizado com o fim de tentar incriminar o capataz, sendo registrado na verdade o abate determinado pelo próprio fazendeiro.
Em razão dos fatos, o pecuarista foi indiciado pela prática do crime de denunciação caluniosa, que prevê pena de 2 a 8 anos de reclusão e multa, com o fim de prejudicar seu funcionário. Ambos não tiveram a identidade divulgada pela Polícia Civil.
› FONTE: JNE com PC MS