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Precariedade na saúde em comunidades na Terra Yanomami

Publicado em 15/11/2021 Editoria: Brasil


Terra Yanomami e o retrato do abandono!
 
No meio da selva amazônica, duas mães Yanomami com os filhos pequenos no colo deixam a comunidade Macuxi Yano em direção aonde viram o helicóptero seguir. Debaixo do sol forte, elas remam em uma canoa por duas horas, em busca de ajuda para as crianças, que ardem em febre.
 
O esforço, porém, é em vão: quando chegam na comunidade Xaruna, o helicóptero que poderia levá-los ao posto de saúde em Surucucu já tinha partido. Encontram apenas um técnico de enfermagem munido de frascos de dipirona, xarope para tosse e uma balança. Era a primeira visita de um profissional de saúde no local em cerca de dois anos.
 
Desoladas, as duas mães não escondem a angústia. Uma delas chora. Se de helicóptero a ida até o posto levaria 25 minutos, a pé, são 15 dias de caminhada pela floresta. 
 
O posto em Surucucu, referência na região por ser a maior unidade de atendimento dentro da terra indígena, se resume a um barracão de madeira de chão batido e com estrutura precária.
 
Na unidade, uma outra mulher e o filho, também de Macuxi Yano, são atendidos depois de cinco dias atrás de socorro. A mãe, Maria Cláudia Yanomami, de 20 anos, chora ao relembrar a busca cansativa por assistência para o filho doente, Leo, de 2 anos. Nem todos conseguem como eles. Na semana anterior, um pajé da mesma comunidade dela morrera de malária por falta de atendimento.
 
As cenas evidenciam a precariedade na assistência de saúde nas comunidades na Terra Yanomami, atingida pela desnutrição e malária - situação em grande parte agravada pelo garimpo ilegal.
 
Saúde em colapso - g1 e Fantástico foram a comunidades isoladas geograficamente e de difícil acesso no meio da selva amazônica. Imagens inéditas revelam situação crítica em que indígenas doentes não têm a quem recorrer.
 
A reportagem completa está disponivel neste link:
 
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› FONTE: g1