Defesa pede coleta de DNA para provar que filho não matou a mãe
Publicado em 10/02/2022
Editoria: Polícia
A defesa de Matheus Gabriel Gonçalves dos Santos, de 18 anos, tenta provar que o rapaz não tem envolvimento no assassinato da mãe, Marta Gouveia dos Santos, de 37 anos. Confronto de material biológico dele com o que foi recolhido na cena de crime provarão a inocência, segundo o advogado Henaglyton Jhulyano Sigerson.
O caso ocorreu em Nova Andradina, a 298 quilômetros de Campo Grande, no dia 23 de janeiro. Marta havia desaparecido pela manhã e só foi encontrada no fim da tarde, à margem do anel viário, que liga a rodovia MS-276 com a MS-134, com 30 perfurações pelo corpo.
Matheus foi preso na quinta-feira, 3 de fevereiro, apontado como suspeito pelo assassinato. A prisão foi convertida em preventiva, ou seja, por tempo indeterminado. No entanto, o advogado de defesa afirma que o filho tem álibi do irmão, que comprova que ele estava em casa. "Ele estava em casa, está cooperando com a investigação e nega o crime", afirmou Jhulyano.
A coleta de material biológico é a esperança e estratégia da defesa para o pedido favorável de revogação da prisão preventiva. "Partiu dele o pedido de coleta de material biológico para confrontar com o que foi encontrado na cena do crime, isso vai libertar ele de qualquer culpa", frisou o advogado. "Ele está abalado com a situação, com a perda da mãe e ainda porque está preso", mencionou.
A delegada da DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Nova Andradina, Daniella Nunes, afirmou que as diligências continuam e está aguardando respostas de algumas empresas para finalizar a investigação. Ela salientou que o caso é complexo e segue em sigilo, por isso não passará, por enquanto, outras informações.
Investigação - Matheus foi preso na tarde de quinta-feira, no quartel de Aquidauana, onde fazia teste para uma vaga. Desde o dia do crime, a Polícia Civil já investigava o suspeito pelas atitudes durante os depoimentos. O aparelho celular dele foi um dos pontos chaves para a descoberta de conversas e localizações durante o crime e depois.
Marta enviou no domingo (23), por volta das 5h45, mensagem para uma amiga dizendo que iria pedalar e tinha combinado de almoçar com ela naquele dia. Assim que a amiga acordou, por volta das 7h45, enviou mensagens para Marta, que não chegaram. A mulher estava há cerca de 15 dias sem pedalar e quem sabia que ela voltaria naquele domingo, seria o filho e a amiga, com quem confidenciava.
› FONTE: CAMPO GRANDE NEWS