Mundo isola regime de Putin após invasão da Ucrânia
Publicado em 06/03/2022
Editoria: Brasil
Foto: (© Salvatore Di Nolfi/AFP/Getty Images)
Países em todo o mundo estão tomando medidas para impedir o presidente russo, Vladimir Putin, de continuar sua guerra na Ucrânia.
Mais de 30 países anunciaram fortes sanções e controles de exportação contra a Rússia, apresentando uma frente unida contra a agressão russa.
Estados Unidos, Alemanha, Austrália, Canadá, Cingapura, Coreia do Sul, Itália, Japão, França, Reino Unido, Suíça e Comissão Europeia estão entre os que tomaram medidas contra bancos, empresas, oligarcas russos e Putin.
Diante da pressão internacional, o rublo russo caiu 30% e o mercado de ações do país foi suspenso em 28 de fevereiro.
“Estamos punindo a Rússia e apoiando o povo da Ucrânia”, disse o presidente Biden em seu discurso sobre o Estado da União em 1º de março. ” Putin está agora mais do que nunca isolado do mundo “.
Setores financeiros se tornam alvo
O Japão, juntamente com os Estados Unidos e nações com ideais semelhantes, rapidamente impôs sanções à Rússia — incluindo controles de exportação de insumos importantes, como semicondutores. Tóquio restringiu as transações com o Banco Central da Rússia e se juntou aos Estados Unidos, à União Europeia e a outros visando bloquear o acesso dos bancos russos ao sistema global de mensagens financeiras chamado Swift.
Antes da invasão da Ucrânia pela Rússia, o Japão já havia concordado em desviar remessas de gás natural liquefeito para a Europa a fim de apoiar os mercados de energia em meio à crise.
A Coreia do Sul também se juntou aos Estados Unidos e a outras nações na imposição de sanções econômicas à Rússia, bloqueando transações financeiras com os principais bancos russos. Também apoiou a negação de acesso ao Swift a certos bancos russos.
Em 27 de fevereiro, o primeiro-ministro norueguês, Jonas Gahr Støre, anunciou planos de desinvestir mais de US$ 2,8 bilhões em ativos russos do fundo soberano do país, informou a Bloomberg.
Aqui estão algumas outras ações que nações estão tomando individualmente para responsabilizar Putin:
Interromper as importações de energia
À medida que a ameaça de invasão da Ucrânia pela Rússia se aproximava, a Alemanha começou a tomar medidas para interromper o gasoduto Nord Stream 2.
Após a invasão, o chanceler alemão, Olaf Scholz, anunciou novas iniciativas para atender às necessidades energéticas da Alemanha sem o gás natural russo, incluindo planos para construir dois terminais de gás natural liquefeito e aumentar as reservas de gás natural, informa o Financial Post.
Proibição de voos
Mais de 40 países e territórios, incluindo os Estados Unidos, baniram aeronaves russas de seu espaço aéreo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse em 27 de fevereiro que aviões russos, “incluindo os jatos particulares dos oligarcas” não poderiam decolar, pousar ou sobrevoar a União Europeia.
Descartando mídia estatal
Estações de televisão canadenses abandonaram a RT (anteriormente Russia Today) depois que autoridades do governo canadense anunciaram que tentariam remover a transmissão estatal russa das ondas de rádio do país, informa a Bloomberg. Um provedor de televisão canadense adicionou um canal ucraniano gratuitamente.
Os serviços de streaming on-line Netflix e YouTube também abandonaram os canais estatais russos, incluindo a RT, de acordo com reportagens.
Em uma declaração conjunta de 26 de fevereiro, os líderes de Estados Unidos, Alemanha, Canadá, França, Itália, Reino Unido e Comissão Europeia disseram estar preparados para tomar mais medidas visando responsabilizar a Rússia por seu ataque à Ucrânia.
“Vamos responsabilizar a Rússia e garantir coletivamente que esta guerra seja um fracasso estratégico para Putin”, disseram os líderes.
Isolando a Rússia em organizações internacionais
Organizações internacionais também entraram em ação. Em uma sessão de emergência da Assembleia Geral das Nações Unidas em 2 de março, os Estados-membros votaram por 141 a 5 a favor de uma resolução que reafirmava a soberania da Ucrânia e condenava a invasão da Rússia.
› FONTE: ShareAmerica