Ensino indígena em MS tem suporte Estado da escola à faculdade
Publicado em 23/04/2022
Editoria: Educação
Mais de mil alunos estudam ensino superior com apoio do Vale Universidade Indígena
Com uma das maiores populações indígenas do Brasil, Mato Grosso do Sul tem desenvolvido importantes políticas públicas educacionais que atendem jovens e crianças indígenas da educação básica até a universidade.
Segundo o subsecretário de Políticas Públicas para População Indígena do Estado, Fernando Souza, os avanços têm chegado a cada vez mais pessoas. “Saímos de um patamar bastante baixo em relação à estrutura e número de alunos atendidos pelo Estado. E avançamos quase 100% nos últimos sete anos. Atualmente temos 18 escolas construídas dentro de territórios indígenas. São mais de 4 mil alunos atendidos pelo Estado dentro das áreas indígenas. Outro diferencial: além de atender toda essa demanda de alunos, quase todos os profissionais, em torno de 95%, são formados pela mão de obra indígena, por professores indígenas”, destaca.
Entre os anos de 2015 e 2022 foram realizadas 19 intervenções em escolas indígenas, somando um investimento de R$ 4,6 milhões. Essas escolas receberam reformas gerais, adequações nas redes elétrica e hidráulica, pinturas novas e também obras de acessibilidade, segundo a SED (Secretaria de Estado Educação).
Recentemente, uma das melhorias foi entregue na Terra Indígena Kadiwéu, localizada em Porto Murtinho. Na comunidade, o governador Reinaldo Azambuja entregou as obras de construção da Escola Estadual Indígena Antônio Alves de Barros, que fica na aldeia de mesmo nome, e da Escola Estadual Indígena Córrego do Ouro, instalada na Aldeia Córrego do Ouro-Terra. Juntas, as duas escolas têm capacidade para atender 720 alunos.
Ao todo, as escolas indígenas da Rede Estadual de Ensino atendem 4.082 estudantes nas turmas de Ensino Fundamental, Médio e programas como o Avanço do Jovem na Aprendizagem (AJA) e Educação de Jovens e Adultos (EJA).
Formação profissional
Além de garantir a formação básica de crianças indígenas, o Governo do Estado também tem propiciado a formação acadêmica dos jovens com o programa “Vale Universidade Indígena”, que paga uma bolsa mensal para manter o aluno na instituição de ensino, seja pública ou privada.
“São mais de mil acadêmicos hoje nas universidades. É um grande número, significativo. Dentro do Governo existe essa política de apoio de permanência aos acadêmicos indígenas para que eles consigam se sustentar e se manter dentro das universidades, concluir seus cursos e se tornar profissionais”, fala Fernando Souza.
De 2015 a 2021, mais de 80 alunos se formaram na faculdade com o apoio do programa. Entre aqueles que estão estudando com auxílio do “Vale Universidade Indígena” está a jovem terena Larissa Ortega da Silva, que cursa o 3º ano de Pedagogia na UEMS (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul). “A bolsa do vale é uma ajuda de custo muito importante para eu me manter na faculdade”, disse a indígena que saiu de Corumbá para estudar em Campo Grande.
› FONTE: Portal MS