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Guarani-kaiowá morto com 3 tiros em área de conflito tinha 42 anos

Publicado em 25/06/2022 Editoria: Polícia


Equipe médica pronta para receber feridos após saber do confronto (Foto: Direto das Ruas)

Equipe médica pronta para receber feridos após saber do confronto (Foto: Direto das Ruas)

Oficialmente, 10 pessoas foram feridas no confronto em Amambai, sendo 7 indígenas e 3 policiais
 
Foi identificado como sendo Vito Fernandes, 42 anos, o indígena guarani-kaiowá morto em confronto com a equipe do BPChoque (Batalhão de Policiamento de Choque) na madrugada de ontem, em Amambai, a 351 quilômetros de Campo Grande. Ele foi ferido com três tiros de armamento letal.
 
O boletim de ocorrência foi registrado na delegacia de Polícia Civil como homicídio decorrente de oposição a intervenção policial, ocorrido por volta das 10h, na Fazenda Borda da Mata.
 
Fernandes foi levado ao Hospital Regional de Amambai, mas chegou sem vida. Ontem, a informação repassada pelo diretor, é que a vítima chegou com três perfurações.
 
Outros sete indígenas foram feridos no confronto, sendo que dois deles foram transferidos para hospital em Ponta Porã, onde passarão por cirurgia. Três policiais sofreram ferimentos de bala nos pés e pernas e foram socorridos.
 
Ocupação - A gerente da fazenda, Angélica Cristina Silveira Peixer, de 47 anos, alegou que os indígenas invadiram a área e, com a chegada do Batalhão de Choque chegaram a deixar a fazenda. No entanto, após a saída dos policiais, ainda na quinta-feira (23), quatro indígenas entraram armados na propriedade, fizeram disparos de arma de fogo, ameaças e retomaram novamente o espaço.
 
Ainda conforme a gerente, no momento em que ela registrou o boletim de ocorrência o imóvel rural estava ocupado por cerca de 30 indígenas, que, segundo ela, vandalizaram o local e causaram dano no interior da fazenda.
 
Em entrevista coletiva ontem, o secretário Estadual de Justiça e Segurança Pública, Antônio Carlos Videira, disse que havia informação de que o gerente da propriedade rural havia sido expulso de casa, sob violência, e que estavam ocorrendo roubos na área. “Não foi reintegração de posse”, disse o secretário.
 
O Cimi (Conselho Indigenista Missionário) contesta a informação, alegando que o Estado usurpou a competência da PF (Polícia Federal), sabendo se tratar de ocupação envolvendo indígenas. Mesmo a alegação de ocorrência de tráfico, alegada por Videira na coletiva, também seria de competência federal. 
 


› FONTE: Campo Grande News