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Retirar o índice de reajuste do Salário Mínimo prejudica aposentados e pensionistas

Publicado em 23/10/2022 Editoria: Brasil


João Inocentini - Presidente Nacional do Sindicato

João Inocentini - Presidente Nacional do Sindicato

O Ministro da Economia, Paulo Guedes, concedeu entrevista, declarando que pretende desindexar o reajuste do Salário Mínimo.
 
Na prática, isso significa que o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) não seria mais utilizado como referência de reajuste do Salário Mínimo, fazendo com que 70% dos aposentados e pensionistas tivessem seus rendimentos ainda mais achatados e corroídos pela inflação. Isso é inaceitável!
 
Segundo estudo desenvolvido pelo Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, sob coordenação do economista Miguel Huertas Neto, o impacto negativo de uma medida insensata como esta prejudicaria negativamente 56 milhões de brasileiros e suas famílias, que têm seus rendimentos atrelados ao Salário Mínimo, sendo eles: 24,1 milhões de aposentados e pensionistas do INSS; 19,5 milhões de empregados no setor privado e 12,3 milhões de trabalhadores por conta própria. 
 
O Salário Mínimo, atuais 1.212,00 reais, está há quatro anos sem reajuste real.  Ou seja, neste período, o governo só repôs a inflação baseada no índice do INPC, sem aumento real (além da inflação) e, diante de uma grave crise econômica, com a disparada dos preços, o Mínimo já é insuficiente para que o cidadão consiga comprar uma cesta básica.
 
Os representantes políticos brasileiros precisam estabelecer medidas para o fortalecimento do Salário Mínimo, aplicando anualmente a reposição das perdas inflacionárias e fortalecendo seu poder aquisitivo por meio de aumentos reais, além da inflação. 
 
Promover ainda mais o achatamento do Salário Mínimo é uma medida desumana, que fere os princípios básicos para assegurar uma vida minimamente digna para aposentados, pensionistas, idosos e trabalhadores.
 


› FONTE: Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical