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Médico morto em acidente aéreo não tinha habilitação para voar por instrumentos

Publicado em 16/05/2019 Editoria: Polícia


Médico e esposa morreram na manhã de ontem (15) após avião cair em região de mata na saída para Três Lagoas
 
O médico ginecologista Pedro Arnaldo Crem Montemor dos Santos, 67 anos, que pilotava a aeronave de modelo Beechcraft Bonanza que caiu na manhã de ontem (15) em uma área de mata próximo ao Aeroporto Santa Maria, em Campo Grande, não tinha habilitação para voar por instrumentos.
 
Segundo a delegada Ana Cláudia Medina, titular da Deco (Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado), a carteira de piloto do médico autorizava realizar apenas voos visuais. &39;&39;Ele não tinha carteira habilitada para voar em mau tempo. Não basta só a aeronave, tem que ver se ela era habilitada para voar visual ou por instrumento, que é quando o tempo está fechado. O voo por instrumento requer muito do piloto", explicou.
 
Conforme apurado pela reportagem, neblinava muito no momento do acidente e a visibilidade em solo já era quase zero. Ao Campo Grande News, alguns pilotos relataram que as condições climáticas na região impossibilitariam decolagens, uma vez que a estrutura do aeroporto não seria compatível com voos da categoria IFR – que são operados por instrumentos.
 
De acordo com um deles, apesar das condições do aeroporto não serem voltadas para voos operados por instrumentos, se o piloto for habilitado para este tipo de voo, cabe a ele a decisão de decolar ou não.
 
Equipes da Deco, Corpo de Bombeiros e Cenipa (Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos), da Força Aérea Brasileira, estão no local acidente nesta quinta-feira (16) fazendo levantamentos.
 
O caso - A aeronave decolou por volta das 6h de quarta-feira, do aeroporto Santa Maria, na saída para Três Lagoas, com destino a uma fazenda no Pantanal.
 
O avião sobrevoou aproximadamente 100 metros, deu três voltas em círculo e caiu. O impacto da queda foi tão forte que a aeronave &39;&39;cavou&39;&39; um buraco no chão. Ao tocar o solo, ela pegou fogo. O médico e a esposa, Silvana Maria Pizzo Crem dos Santos, 65 anos, morreram na hora.
 
A aeronave do médico tinha o CA (Certificado de Aprovação) válido até 26 de setembro de 2020. A IAM (Inspeção Anual de Manutenção) venceria somente no dia 13 de dezembro deste ano. A aeronave estava regular, portanto. Pedro tinha mais de 20 anos de experiência como piloto.


› FONTE: Campo Grande News