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Lista de alvos é encontrada com aluno para suposto ataque e assusta pais

Publicado em 14/04/2023 Editoria: Cidade


Escola reforçou protocolos de segurança

Lista com nomes de alvos de suposto ataque foi encontrada com aluno da escola Funlec Coronel Oswaldo Tognini, no Bairro Chácara Cachoeira, em Campo Grande, e assustou os pais. Muitos acabaram fazendo "plantão" na porta da escola, nesta quinta-feira (13).


Ao Campo Grande News, o diretor executivo da Funlec, João Cantil, explicou que os fatos ocorreram na quarta-feira, 12 de abril. A reportagem apurou que na lista do aluno constavam 20 nomes de alvos que seriam atacados no próximo dia 20 de abril.

Diante da situação, a escola emitiu comunicado na quarta-feira, afirmando que reforçou protocolos de segurança. "Para potencializar essas ações, temporariamente, só será permitido o acesso dos alunos a área interna do colégio", disse a instituição.

Em seguida a repercussão do caso, nesta quinta a Funlec afirmou que tomou as medidas pertinentes. "Diante dos fatos noticiados na imprensa sobre o ato inconsequente de um dos alunos, foram tomadas todas as medidas legais junto aos órgãos de segurança pública".

Susto - A notícia causou medo em muitos pais. "A hora que soube, fiquei com medo e pensei &39;meu Deus! e agora?&39;. Depois pensei que era coisa de criança, que acaba dando ideia para a mídia. Acho que é uma história que inventaram para causar medo", comentou a fonoaudióloga Mariane Pereira, de 40 anos, na manhã desta quinta-feira (13) ao chegar na escola com as filhas, de 7 e 13 anos.

Mariane diz que tenta se manter calma em relação aos fatos, para também tranquilizar as filhas. "Acho que quando essas coisas acontecem, não são avisadas. Estou tentando levar por esse lado para ficar mais tranquila. A minha filha de 13 anos não queria vir para o colégio, está vindo porque é semana de prova, mas já falou que vai faltar no dia 20", lamenta.


Por outro lado, o empresário Carlos Augusto Targino, 67 anos, pai de uma aluna da 2ª série, afirma se sentir seguro e que as supostas ameaças são para chamar a atenção. "As vezes os pais não dão muita atenção, o aluno faz algo para colocar ele em evidência e a escola não tem como prever o que passa na cabeça das crianças. É humanamente impossível", comenta.

Carlos diz sempre se manter em conversa com a escola. "As providências estão sendo tomadas e a gente não pode ser escravo do medo. A coordenação está em conversa com professores, notando se há algum aluno com comportamento estranho. Os pais não podem prender os filhos em casa, tem que tirar as crianças dessa paranoia. 97% das coisas que você pensa não acontece e a gente pensa tanta besteira", comenta.

Outro pai que conversou com a reportagem nesta manhã, Samuel Dias, 45 anos, tem uma filha que estuda na 2ª série. "Com certeza preocupa com o que está acontecendo nas outras escolas. Todos os dias saio de casa e peço a Deus para guardar a minha filha, o bem mais precioso que tenho. Se ao menos eu sonhar que pode acontecer alguma coisa, precisa nem trazer ela", pontua.

Contudo, Samuel tenta não passar para a pequena o seu receio. "A escola tenta nos passar segurança. Ontem minha esposa veio aqui e viu alguns pais de plantão, o que assustou, mas isso não pode chegar até as crianças. Minha filha acorda de manhã toda feliz e vem empolgada para escola", diz. "Acho que também não tem motivo para pânico", complementa.

A GCM (Guarda Civil Metropolitana) confirmou que recebeu solicitação de apoio com rondas no entorno da escola Funlec. Contudo, a pasta informa que várias escolas têm feito essa solicitação, segundo o secretário da Sesdes (Secretaria Especial de Segurança e Defesa Social), Anderson Gonzaga. "Iremos dar esse apoio quando nossas viaturas estiverem passando no local", disse.

Sobre policiais do Batalhão de Choque serem vistos em frente à escola, a reportagem foi informada que não tem ligação com o caso.

Ameaças - A polícia já recebeu 60 denúncias de perfis com apologia à ameaça e tenta combater as fake news sobre ataques em instituições de ensino. Os casos começaram a ser relatados depois do ataque a creche em Blumenau (SC), em que quatro crianças foram mortas. Na maioria dos casos, trata-se de perfis criados por adolescentes. Por enquanto, não há risco real de tragédia.

As plataformas Tik Tok e Instagram estão colaborando com a investigação, encaminhando com agilidade os pedidos feitos pela Polícia Civil. Foram expedidas representações judiciais para busca e apreensão e identificação dos criadores dos perfis. 



› FONTE: Campo Grande News