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TCE aponta suposto cartel e lucro abusivo de postos de combustíveis em MS

Publicado em 24/05/2023 Editoria: Região


Conselheiros fizeram entrega de relatórios nesta quarta-feira. (Foto: Monique Faria/Jornal Midiamax)

Conselheiros fizeram entrega de relatórios nesta quarta-feira. (Foto: Monique Faria/Jornal Midiamax)

Auditoria do TCE-MS constatou que os dois estabelecimentos de uma cidade cobravam o mesmo preço para a 
 
O TCE-MS (Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso do Sul) apresentou, nesta quarta-feira (24), o relatório de auditoria em postos de combustíveis em Dois Irmãos do Buriti, distante 115,4 km de Campo Grande, que aponta lucro abusivo e indícios de formação de cartéis entre os dois estabelecimentos da cidade. 
 
De acordo com o conselheiro do TCE-MS, Osmar Jeronymo, os postos de combustíveis do município trabalham com os mesmos preços e acima do mercado, com lucro que ultrapassa os 40%.
 
“Em Dois Irmãos do Buriti os dois postos existentes praticam os mesmos preços para os mesmos combustíveis levantando a hipótese de uma possível prática de cartel, buscando controlar o mercado local”, afirmou o conselheiro. 
 
A gasolina nos dois estabelecimentos custa R$ 6,99, o etanol R$ 5,49, o Diesel 500 é vendido por R$ 7,19 e o Diesel S-10 por R$ 7,29. 
 
Conforme explica o conselheiro do TCE-MS, um dos postos apresentou a nota fiscal de compra da gasolina que foi adquirida por R$ 4,69, o que aponta uma margem de lucro de 49%, ou seja, de R$ 2,30 por litro. A margem de lucro líquido permitida é de 10 a 11%, enquanto o lucro bruto é de 20%. 
 
“Todo levantamento realizado leva a crer que não existe concorrência em Dois Irmãos do Buriti e os proprietários em visível acordo cobram o valor que querem em desfavor da população”, afirmou Osmar Jeronymo.
 
A entrega do documento de fiscalização foi realizada no prédio do TCE, em Campo Grande, nesta quarta-feira, para outros conselheiros do órgão que darão continuidade às investigações. Todos votaram a favor para a apuração da infração de normas de proteção à defesa do consumidor. 
 


› FONTE: Midiamax