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PMs que perseguiram e agrediram jornalista são transferidos para CG

Publicado em 06/06/2023 Editoria: Polícia


Transferência dos quatro policiais envolvidos em ação ilegal em Nova Andradina foi publicada hoje
 
Os quatro policiais militares acusados pela ação ilegal contra o jornalista Sandro de Almeida Araújo, 46, sexta-feira (2) em Nova Andradina (a 298 km de Campo Grande), foram transferidos para o Batalhão de Guarda e Escolta, na Capital. A transferência foi publicada hoje (6) no Diário Oficial de Mato Grosso do Sul.
 
O subtenente José dos Santos de Moraes, o terceiro-sargento Luiz Antonio Graciano de Oliveira Junior, o terceiro-sargento Marco Aurélio Nunes Pereira e o cabo Elizeu Teixeira Neves são acusados de perseguir, agredir e praticar tortura psicológica contra o jornalista.
 
A vítima denunciou o caso na Polícia Civil como abuso de autoridade, já que não existia mandado de busca determinado pela Justiça.
 
Mesmo não sendo alvo de qualquer investigação, Sandro foi perseguido por duas viaturas descaracterizadas ocupadas por quatro policiais à paisana, impedido de entrar em casa, imobilizado com golpe “mata-leão”, jogado ao chão, agredido e revistado, na manhã de sexta-feira. As cenas foram gravadas por câmeras de segurança.
 
Luiz Antonio Graciano de Oliveira Junior estava lotado atualmente no Batalhão da Polícia Militar Ambiental em Bonito. Antes, trabalhava em Nova Andradina. Os outros três acusados estavam lotados no 8º BPM, em Nova Andradina.
 
Ontem, A Secretaria Estadual de Governo e Gestão Estratégica cancelou a designação do tenente-coronel José Roberto Nobres de Souza para cargo de confiança na Casa Militar, órgão responsável pela segurança institucional do governador Eduardo Riedel e do vice-governador José Carlos Barbosa.
 
José Roberto comandou o 8º Batalhão da PM de Nova Andradina por três anos e deixou cargo na sexta-feira, horas após a ação ilegal contra o jornalista. A designação dele para atuar no setor de inteligência da Casa Militar havia sido determinada em 23 de maio. A Secretaria de Governo não informou o motivo do cancelamento.
 
A Polícia Militar de Mato Grosso do Sul informou que já instaurou procedimento interno para investigar a atuação dos policiais militares.
 
O Campo Grande News apurou que apenas o terceiro-sargento Marco Aurélio Nunes Pereira estava de serviço na sexta-feira. O terceiro-sargento Luiz Antonio estava de atestado, o cabo Elizeu Teixeira Neves de folga e o subtenente José dos Santos de Moraes deveria estar atuando em Bonito.
 
Segundo denúncia do jornalista à Polícia Civil, os policiais disseram que estavam “cumprindo ordens”. 
 


› FONTE: Campo Grande News