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Operação da Polícia Civil mira comércio irregular de armas de fogo

Publicado em 25/07/2023 Editoria: Polícia


Neste momento são realizadas buscas e apreensões de armas de fogo, documentos e celulares. As diligências estão concentradas na região de Dourados, onde fica a sede da loja de armas investigada

Nesta manhã, 25/07, o DRACCO (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado ), da Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, desencadeou operação na faixa de fronteira em repressão ao comércio irregular de armas de fogo de uso restrito. No curso das ações sistêmicas de combate à corrupção e ao crime organizado, perpetradas no âmbito da operação “Hórus” – Programa Guardiões da Fronteira – Ministério de Justiça e Segurança Pública,  constatou-se que a prática criminosa era realizada por empresa de armas localizada na cidade de Dourados/MS.

As recentes alterações do cenário normativo referentes à negociação de armas de fogo proibiram desde o mês de setembro de 2022, a venda de fuzil, porém, o que se constatou, foi que a loja alvo da operação policial, manteve a comercialização das armas de calibre restrito após esse período, inclusive, efetivadas com diversas irregularidades que indicaram até a facilitação do acesso das armas de alto poderio de fogo por criminosos.

Verificou-se que diversos fuzis vendidos no período foram negociados por valores extremamente baixos, indicando ainda sonegação fiscal. A situação se torna ainda mais sensível por se tratar de região de fronteira, que conta com a forte influência de facções criminosas nacionais e internacionais.

No caso mais grave identificado, foi constatada que um dos fuzis vendidos na loja foi negociado com um criminoso que contava com mandado de prisão em aberto com condenação a cumprir de 24 anos pelo crime de tráfico de drogas nacional e internacional, sendo, inclusive preso recentemente na cidade de Balneário Camboriú/SC, na posse do fuzil calibre 5,56, adquirido na empresa alvo da operação, bem como, ainda na posse de duas pistolas 9mm e um revólver calibre .357, munições, além de mais de R$ 40 mil reais em espécie.

Constatou se assim a gravidade dos crimes cometidos diante da rapidez na circulação do armamento que já havia, inclusive, atravessado nossas divisas, o que poderia estar afeto aos demais fuzis vendidos em condições parecidas. Todos esses elementos, motivaram a adoção de medidas enérgicas para a apuração e repressão dos fatos, com o principal objetivo da repressão do comércio irregular dos armamentos que estava propiciando a facilitação do desvio e acesso de poderio bélico ao crime organizado.

Assim, foram representadas por medidas de busca e apreensão em locais específicos, inclusive na loja de armas, visando à localização e apreensão dos armamentos irregularmente vendidos. A ação de hoje envolve mais de 50 policiais civis, distribuídos entre, equipes do DRACCO, GOI, 1ª DP, 3ª DP da capital e equipe SIG de Ivinhema, bem como, contou com o apoio da SEFAZ (Secretaria Estadual de Fazenda), da Polícia Federal através da DELEAQ (Delegacia de Controle de Armas e Produtos Químicos) e ainda do Exército Brasileiro notadamente no que tange à aferição quanto à regularidade dos processos de comercialização das armas de fogo de uso restrito durante o período de interesse da apuração.

Até o momento, várias armas de fogo, dentre elas fuzis e munições de calibre restrito já foram apreendidas pelos operacionais em campo. Porém o quantitativo exato será disponibilizado em momento oportuno, após o balanço do material apreendido, sendo que até o momento foram 27 fuzis .

 



› FONTE: Polícia Civil