Diligências miram propriedade de Jarvis Pavão compradas com dinheiro do tráfico
Publicado em 07/11/2023
Editoria: Polícia
Além de Amambay, a nova fase da Operação Pavor Real, desencadeada pela Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai nessa terça-feira (7), acontece em Concepción, San Pedro, Alto Paraná e Central. O alvo direto é Jarvis Chimenes Pavão, apontado como ‘Barão do Tráfico’ na fronteira entre Ponta Porã e Pedro Juan Caballero.
Desde julho desse ano, o narcotraficante Jarvis Pavão, que cumpre pena no Presídio Federal de Brasília, é alvo de novas investigações na fronteira com o objetivo de confiscar propriedades compradas com dinheiro do tráfico de drogas.
Desde as primeiras horas da manhã dessa terça-feira (7), agentes da Senad (Secretaria Nacional Antidrogas) do Paraguai estão nas ruas de Pedro Juan Caballero. As diligências acontecem em uma antiga pedreira localizada no bairro General Genes que pertence à família Pavão.
Segundo informações do porta-voz da Senad, as diligências que acontecem em cinco departamentos simultaneamente, estão ligadas à operação que desarticulou o esquema de lavagem de mais de US$ 150 milhões de dólares.
Segundo ele, até agora mais de 50 pessoas já foram indiciadas. A maior parte está diretamente ligada ao clã Pavão, que mesmo preso, continua administrando os negócios, juntamente com seu filho e também a sua mãe.
Os policiais também cumprem mandados em outros 19 endereços de Pedro Juan Caballero, na fronteira com Ponta Porã.
Até o momento, ainda não foram divulgados detalhes dessa nova fase da operação Pavo Real. O que sabe é trata-se de uma continuidade das ações que em julho desse ano localizaram imóveis avaliados em mais de US$ 150 milhões de dólares.
As diligências de julho aconteceram em diversos departamentos e também em Pedro Juan Caballero, em Amambay, na fronteira com Ponta Porã. Segundo informações obtidas pela reportagem do Midiamax, diligências foram feitas em 11 empresas e para cumprimento de mandados contra 32 pessoas.
As investigações da polícia miram imóveis e empresas geridas por testas de ferro, advogados e até funcionários de cartórios. Entre os dados coletados pela polícia, um manuscrito foi encontrado na cela de Pavão, no qual constava uma lista de imóveis. Elas coincidiam com a lista de bens extraída do computador do seu filho.
› FONTE: Mdiamax