Renato Câmara, destaca importância da iniciativa de se criar o Dia do Pantanal
Publicado em 10/11/2023
Editoria: Região
12 de novembro, Dia do Pantanal de MS é resultado de lei de autoria do deputado Renato Câmara. Vista aérea de um dos biomas mais importantes do planeta.
No ano de 2020, um marco legislativo histórico foi registrado em Mato Grosso do Sul e reverberou nos quatros cantos do Estado: foi sancionada pelo então governador Reinaldo Azambuja a lei proposta pelo deputado Renato Câmara (MDB), instituindo o Dia do Pantanal. Neste mês de novembro, está sendo celebrado o terceiro aniversário dessa importante iniciativa que não apenas reconhece, mas, sobretudo, busca preservar a magnífica região pantaneira.
Considerado Patrimônio Natural da Humanidade e Reserva da Biosfera pela Unesco, o Pantanal ganhou espaço especial no Calendário Oficial de Eventos do Estado, com a data de 12 de novembro reservada para destacar a vitalidade e a importância desse bioma único. O deputado Renato Câmara ao criar a lei expressou sua visão: "O Pantanal é rico em biodiversidade e oferece uma série de serviços ambientais essenciais para a humanidade, desde a água até a atividade do turismo. Nossa ideia é que, com a instituição desta data, possamos chamar ainda mais a atenção da sociedade sobre a importância de toda a biodiversidade encontrada em nosso Pantanal, atuando de forma mais intensa para a sua preservação".
Presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, coordenador da Frente Parlamentar dos Recursos Hídricos e da Frente Parlamentar das Unidades de Conservação Ambiental da ALEMS, Renato Câmara justifica que o dia 12 de novembro foi escolhido em memória do professor e ambientalista Francisco Anselmo de Barros, também conhecido como Francelmo, que sacrificou sua vida em protesto contra usinas hidrelétricas no Pantanal, em um ato corajoso ocorrido em 2005.
A planície pantaneira, maior área alagável do mundo, estende-se por mais de 200 mil quilômetros quadrados dos territórios de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, sendo este último detentor da maior porção. O bioma, que cobre cerca de 620 mil quilômetros quadrados, abrange também partes do Paraguai e da Bolívia, sendo considerado o mais preservado do mundo, com mais de 80% de sua cobertura original.
Além da riqueza de sua fauna e flora, o Pantanal desempenha um papel vital nos ecossistemas globais. Com 3,5 mil espécies de plantas, 325 peixes, 53 anfíbios, 98 répteis, 656 aves e 159 mamíferos identificados, esse bioma é uma joia natural que merece proteção especial. A legislação estadual reflete o compromisso com a preservação, exigindo que 50% da cobertura natural seja mantida. O Parque Estadual do Pantanal do Rio Negro, criado em 2000, é uma iniciativa que conserva uma área de 78.300 hectares dos municípios de Aquidauana e Corumbá, protegendo ambientes representativos e diversificados característicos do Pantanal.
“Nossas ações parlamentares em defesa do Pantanal não cessaram. Aliás, estaremos imbuídos e empenhados e vigilantes para que a Lei do Pantanal Sul-Mato-grossense seja oficialmente criada. Neste contexto, já está sendo discutida a nova legislação ambiental sobre o Pantanal, um projeto que vem sendo construído no âmbito do Estado, com consultas ao setor produtivo, Organizações Não Governamentais, área técnica e o Ministério do Meio Ambiente. A proposta é regulamentar a exploração da atividade econômica nas áreas do Pantanal. Antes, porém, analisaremos o projeto na Comissão de Meio Ambiente e, simultaneamente, ampliaremos as discussões junto às frentes parlamentares para que ocorra a maior assertividade possível e o projeto contemple plenamente, de forma bastante equilibrada, a questão da preservação ambiental e o desenvolvimento ecossustentável com ênfase na agroecologia, porque pautamos o Pantanal sem perder de vista o desenvolvimento da região”, frisa Renato Câmara que fez questão de destacar o Dia do Pantanal como um dos mais importantes da atualidade.
› FONTE: Assessoria