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Lei do Pantanal: Renato Câmara conheceu bioma como aluno da Fundação Bradesco

Publicado em 14/12/2023 Editoria: Região


O deputado também é o presidente da Frente Parlamentar de Desenvolvimento das Unidades de Conservação Ambiental - Crédito: Divulgação
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A Fundação Bradesco foi a porta do Pantanal para o hoje deputado estadual Renato Câmara (MDB), que teve toda sua formação em técnico agrícola na unidade de Bodoquena (MS). Enquanto aluno interno, Renato, por diversas vezes foi impactado pelas condições naturais do Pantanal de MS e lá se familiarizou ao trabalho no campo, aplicando as práticas agrícolas em solo pantaneiro.  Hoje, esse conhecimento foi fundamental ao deputado, que se tornou o relator da histórica Lei do Pantanal na Assembleia Legislativa de Mato Grosso do Sul. 
 
Como presidente da Comissão Permanente de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da ALEMS, Renato Câmara traz a experiência dos anos vividos na planície alagável para suas decisões. Ele afirma que a Lei do Pantanal, amplamente debatida e discutida pelos deputados no parlamento estadual, “é um ponto de equilíbrio, porque o projeto atende não exclusivamente um lado, mas, garante a preservação do Pantanal e, ao mesmo tempo, mantém a produção sustentável em todo o bioma pantaneiro”.
 
De técnico agrícola, Renato se formou engenheiro agronômico na Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, campus de Dourados. O deputado acrescenta: “Já tínhamos a dimensão do desafio de produzir em terras agrícolas do Pantanal de MS. Como agrônomo conhecemos de sobejo as cultivares que são inviáveis nesse bioma. Independentemente do conhecimento empírico inicialmente praticado diuturnamente e, posteriormente, o obtido na academia superior, participamos ativamente da discussão da proposta. Temos a convicção de que ficamos diante de um projeto de lei da maior importância da história de Mato Grosso do Sul”.
 
As considerações do ex-aluno da Fundação Bradesco, deputado estadual Renato Câmara, são comentadas pelo parlamentar que destacou o trabalho legislativo: “Houve uma grande, democrática e prazerosa discussão através da audiência pública que propusemos, a qual contou com a participação de diversos segmentos da sociedade. Estavam presentes representantes da Federação da Agricultura, Acrissul, ONGs ambientalistas, instituições organizadas, agricultores, universidades, empresas privadas, técnicos e poder executivo estadual. E também, a imprescindível participação dos colegas deputados. Dessa forma, chegamos a uma proposta que reitero, representa, no momento, o ponto de equilíbrio. De um lado regulamenta em prol da preservação e, de outro, mantém a produção de atividades de baixo impacto ambiental, as quais são realmente sustentáveis”, reafirma Renato Câmara.
 
O deputado, que também é o presidente da Frente Parlamentar de Desenvolvimento das Unidades de Conservação Ambiental, observa que o produtor pantaneiro vai continuar com sua produção da pecuária sustentável, sendo limitado os novos confinamentos. “Mantivemos a vedação da produção de monocultura soja, milho, eucaliptos e da cana-de-açúcar. Dessa maneira, o MS ganha com a preservação e mantém sua produção sustentável como ela se encontra, freando a corrida por terras mais baratas e que utilizem a expansão agrícola, que são inviáveis para a monocultura”.
 
Ao manifestar o seu contentamento por conseguir chegar a uma lei responsável, viável e exequível em todos os aspectos, o aluno da Fundação Bradesco destaca que, por último, houve o consenso por parte dos parlamentares. Renato continua dizendo que a construção foi coletiva, reforçando que a lei está amparada por estudos amplamente técnicos.
 
“O governador Eduardo Riedel apresentou um projeto forjado a muitas mãos. Pela responsabilidade na condução desta construção, ele merece nosso reconhecimento público. Contudo, esta lei reflete o atual momento. Nada impede, com a evolução, chegada de novos métodos, surgimento de tecnologias, que a lei seja revista, revisada, emendada. Nesse processo, muitas ideias surgiram, muitas emendas foram apresentadas, algumas não foram acatadas, mas, não foram rejeitadas, porque precisam de aprofundamento e serão aproveitadas posteriormente. Com isso, estamos dizendo que as discussões não foram cessadas, elas vão avançar aqui nesta Casa. O que vimos até aqui foi a maturidade, onde prevaleceu a responsabilidade e o compromisso pela preservação do Pantanal, sobretudo, visando as futuras gerações. Todos os deputados estão de parabéns por mais este belo trabalho legislativo”, enalteceu Renato Câmara ao comemorar a aprovação da Lei do Pantanal.