Advogada, PM e até pecuarista são presos por tráfico em Mato Grosso do Sul
Publicado em 02/02/2024
Editoria: Polícia
Alguns dos veículos apreendidos pela Dracco durante operação Hades em MS. (Foto: Divulgação Polícia Civil)
Ação ocorreu nas cidades e Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Jateí, Corumbá e Três Lagoas a mando de Alagoas
Uma advogada, um policial militar, um pecuarista e empresários estão entre os 15 presos na Operação Hades, da SSP/AL (Secretaria de Segurança Pública de Alagoas) em conjunto com a Dracco (Diretoria de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado) do mesmo Estado. Em Mato Grosso do Sul, os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos pela Polícia Civil através do Dracco (Departamento de Repressão à Corrupção e ao Crime Organizado).
A operação ocorreu nas cidades e Campo Grande, Dourados, Ponta Porã, Jateí, Corumbá e Três Lagoas. A reportagem conseguiu confirmar a prisão de uma advogada na Capital, de um pecuarista em Dourados – já preso em na Operação Operação Geminus, da Polícia Federal, em dezembro de 2021 – de três empresários em Corumbá e de um policial militar em Três Lagoas.
Os nomes identificados até agora são do pecuarista e empresário douradense, Nelson Ormai Rodrigues, de 58 anos; e os três empresários de Corumbá: os sócios na Diego Emiliano Dias Chaparro e Silvia Nelcileia Santos e Silva e o dono de pequeno mercado na cidade, Efraim Cruz Llusco.
Em 2021, Ormai, que é sócio-proprietário da Douratrans Transporte, localizada no Parque das Nações II (região leste de Dourados), foi preso por suspeita de estar envolvido em organização criminosa que movimentava cinco toneladas de cocaína por ano de Mato Grosso do Sul para o Rio Grande do Sul.
Em junho de 2022, devido a problemas de saúde, ele conseguiu a concessão de prisão domiciliar com monitoramento eletrônico em decisão da 22ª Vara Federal do Rio Grande do Sul. Hoje, ele foi detido pelo Dracco de MS em sua casa, no Jardim Mônaco, em Dourados e foi para o sistema prisional. A defesa, feita pelo advogado Luiz Gustavo Battaglin Maciel, pede a manutenção da prisão domiciliar. Enquanto o pedido esteve aberto, não havia ainda decisão.
Já em Corumbá, houve o cumprimento de prisão e de busca e apreensão na casa e empresas dos três citados acima. No caso de Diego Emiliano, em março de 2017, ele assumiu cargo em comissão na Prefeitura de Corumbá como assessor governamental III; em 2020, foi candidato a vereador e ficou como suplente. Recentemente, em outubro do ano passado, a Secretaria Municipal Infraestrutura e Serviços Públicos do município dispensou licitação para contratar a empresa dele, a Diaas Prestadora de Serviços Chaparro e Silva-LTDA.
Na ocasião, a compra era de telhas de fibrocimento e a dispensa de licitação se justifica porque o objeto era para atender situação emergencial após temporal na cidade em 12 de setembro daquele ano.
Silvia por sua vez é sócia de Diego nessa empresa e dona de outra que comercializa brinquedos e artigos recreativos, além de realizar impressões e fotocópias. Em relação a Efrain, a empresa dele comercializa mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios (minimercados, mercearias e armazéns).
Os três foram presos temporariamente com base no crime de organização criminosa, assim como Ormai, que também é acusado com base na lei que institui o Sistema Nacional de Políticas Públicas sobre Drogas, em seus artigos 33 e 35, que citam produção, importação, venda e comercialização de entorpecentes e a associação criminosa para esse fim, respectivamente.
› FONTE: Campo Grande News