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Servidores espalham cruzes em frente à prefeitura para protestar contra reforma

Publicado em 06/02/2024 Editoria: Cidade


Manifestantes são contrários à reforma administrativa e exigem adicional de insalubridade e periculosidade
 
Aproximadamente 100 servidores municipais se reuniram em frente à Prefeitura de Campo Grande, na manhã desta terça-feira (6), para protestar contra a reforma administrativa proposta pela atual gestão. O grupo vestiu preto, cantou o Hino Nacional e colocou cruzes no canteiro central, em frente ao Paço Municipal, simbolizando os direitos que "perderam ou que nunca tiveram", alegaram.
 
As principais reivindicações são o adicional de insalubridade e periculosidade, reposição da inflação de abril de 2022 a janeiro de 2024, plano de cargos e carreiras e reajuste no auxílio alimentação.
 
Após o protesto, o grupo deve seguir para a Câmara Municipal, para protocolar uma denúncia de crime de responsabilidade civil contra a prefeitura, que, segundo os manifestantes, não está cumprindo a lei.
 
Servidores colocaram cruzes no canteiro para representar os direitos perdidos (Foto: Henrique Kawaminami)
O grupo é formado por GCMs (Guardas Municipais Metropolitanos), enfermeiros e servidores do setor administrativo. Alberto da Costa Neto, vice-presidente do sindicato dos guardas municipais, explica que as categorias pedem pelo direito do adicional de insalubridade, periculosidade e plano de carreira para os efetivos.
 
De acordo com Alberto, o valor do auxílio alimentação, por exemplo, não foi reajustado ano passado e já está defasado. No caso dos guardas, ele explica que o guarda de trânsito ambiental recebe um adicional de fiscalização e acaba perdendo o auxílio alimentação de R$ 494 por conta de uma lei assinada pela prefeita Adriane Lopes (PP), em 2023, retirando certos direitos das categorias.
 
Em uma canetada, a prefeitura tem o direito de cortar ou diminuir esses benefícios, fazendo o que ela quiser com as categorias. Além disso, ela quer acabar com a estabilidade dos efetivos e isso já vem acontecendo”, afirma Alberto.
 
A técnica de enfermagem Aline Caetano Tissiani conta que a categoria luta pelo direito ao adicional de insalubridade, que, segundo ela, é essencial para profissionais que prestam atendimento público à saúde.
 
Nos postos de saúde, a gente não sabe o que está vindo para atendimento, não sabe se a pessoa tem tuberculose ou qualquer outra coisa. Você só descobre quando o resultado do exame sai. Então por que não haver insalubridade para a gente também?”, questiona.
 
De acordo com Aline, a categoria recebe extra por produtividade, mas esse benefício é pago pelo governo federal, através do Ministério da Saúde. “Mas o município não realiza o pagamento que deveria (insalubridade)”.
 
Mirian Lima Lino é funcionária administrativa de carreira da prefeitura e diz que os servidores estão montando um grupo para tentar criar uma associação, envolvendo o administrativo de todas as secretarias, fundações e autarquias referentes à prefeitura.
 
A intenção deste grupo, segundo relato, é montar um plano de carreira, porque a prefeitura até o momento não atualizou o plano já existente. Mirian diz que a prefeitura alega que o plano de carreira sugerido pelos administrativos é inconstitucional e que o executivo oferece uma gratificação em vez de ajustar o salário base.
 
O salário da maioria dos assistentes administrativos está abaixo de um salário digno do que deveria ser. Tem gente recebendo salário base em R$ 1.010, tirando outros benefícios como alimentação e transporte”, denuncia Mirian.
 
A reportagem procurou a Prefeitura de Campo Grande para pedir um posicionamento a respeito das reivindicações dos servidores, mas não obteve retorno até a publicação da matéria.
 
 


› FONTE: Campo Grande News