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Artesã indígena de Aquidauana é destaque em matéria do Campo Grande News

Publicado em 20/02/2024 Editoria: Arte e Cultura


Com tear, viola e barro, criatividade no Pantanal vai longe - Pesquisador visitou 7 municípios e mapeou 51 empreendimentos mostrando economia do artesanato
 
A partir da visitação de sete municípios, o pesquisador e produtor cultural Adriano Castro desenvolveu um panorama da Economia Criativa em cidades que compõem o Pantanal sul-mato-grossense. Como resultado, o cenário é de que unindo desde tear até produção de violas e uso do barro, a criatividade na região realmente vai longe.
 
Focando no artesanato, 51 empreendimentos integram o mapeamento em Corumbá, Ladário, Miranda, Porto Murtinho, Anastácio, Aquidauana e Dois Irmãos do Buriti. Seja com empreendedores individuais ou com associações, a arte está ali presente.
 
Em visitas às cidades e entrevistas, Adriano conversou com parte dos empreendedores e inseriu seus depoimentos no trabalho completo, que se tornou um e-book. E,deste modo, além dos dados sobre os empreendimentos, há também a motivação dos artesãos.
 
“Comecei a fazer artesanato como profissão durante a pandemia de covid-18 e nesse período saiu minha aposentadoria. Aí sim peguei firme no artesanato, mas desde muito jovem eu praticava, porém fazia peças para uso próprio ou para presentear amigos e parentes, relata Andréa Teixeira, de Corumbá.
 
Aos 60 anos, a corumbaense cria itens variados de artesanato e expõe os produtos no Espaço Corumbá Produz.
 
Representando uma das frentes reconhecidas como patrimônio cultural de Mato Grosso do Sul, Sebastião De Souza Brandão, o mestre cururueiro, também integra a lista com suas produções de viola de cocho.
 
Hoje, com 79 anos, está passando o modo de fazer para que seu neto consiga seguir dando continuidade à tradição. Durante sua história, Sebastião ganhou diversas premiações e continua atuando para unir as árvores e nylon até se transformarem na produção.
 
Em Porto Murtinho, transformando o barro em peças, Creuza Vergílio é uma das representantes do povo da etnia Kadiwéu. Dos seus 50 anos, 38 são dedicados ao artesanato, tendo sido ensinada pela mãe.
 
“A matéria-prima de seu trabalho encontra-se em barreiros especiais, que contêm o barro da consistência e tonalidade ideais para a cerâmica durável. Os pigmentos para sua pintura são conseguidos de areias dos mais variados tons, alguns dos detalhes sendo envernizados com a resina do pau-santo”, detalha o pesquisador.
 
Outro exemplo é Janir Gonçalves Leite, também artesã indígena, mas situada em Aquidauana. “O trabalho com a cerâmica é um resgate da minha ancestralidade, meus avós produziam potes, canecas e pratos de barro”.
 
E, mostrando que a criatividade realmente pode se unir a diversas frentes, Maria Lineide de Souza Resquim foca nos tecidos, crochês e faixa boiadeira. A partir de seus produtos, além da venda, ainda consegue ensinar outros a se tornarem artesãos.
 
“Eu gosto de trabalhar com pessoas de baixa renda, já ministrei aulas de artesanato da Igreja Católica do bairro para jovens de 10 a 14 anos e assim é minha maneira de viver e complementar a minha renda através do artesanato”.
 
Confira o e-book completo com todos os detalhes sobre a pesquisa: Click Aqui 
 
 


› FONTE: Campo Grande News