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Meu Deus, eu não estou acreditando, reage filha que viu mãe ser assassinada

Publicado em 21/02/2024 Editoria: Polícia


Carro da funerária estacionado em frente a casa onde ocorreu o crime (Foto: Idaicy Solano)

Carro da funerária estacionado em frente a casa onde ocorreu o crime (Foto: Idaicy Solano)

Leonardo da Silva Lima, de 37 anos, foi preso em flagrante enquanto tentava fugir

“A minha mãe tá dentro daquela caixa, cara! Meu Deus do céu”, dizia em prantos a adolescente de 16 anos, enquanto a funerária recolhia o corpo de Joelma da Silva André, de 33 anos, morta a golpes de faca pelo marido, na manhã desta quarta-feira (21), no Núcleo Industrial do Indubrasil, em Campo Grande.

A garota e os quatro irmãos menores presenciaram a morte da mãe. A mulher foi assassinada no sofá de casa com faca cravada no peito. Leonardo da Silva Lima, de 37 anos, foi preso em flagrante pela equipe da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) enquanto tentava fugir. “Meu Deus, eu não estou acreditando”, lamentava a adolescente, enquanto era consolada pela vizinha.

Crime - Conforme um parente da vítima, que não quis se identificar, Joelma e o agressor foram casados por 4 anos, mas estavam em processo de separação. Ontem, os dois foram para a casa de amigos beber. A mulher foi embora de carona com outra pessoa. Enquanto Leonardo foi direto para a casa, não encontrou ela e saiu da residência.

Na sequência, ele voltou e acusou a mulher de traição. O casal brigou e os filhos chamaram a PM (Polícia Militar). O agressor foi embora e voltou depois que a polícia saiu. Depois de algumas horas, o familiar ouviu os gritos dos filhos e ao se aproximar da residência encontrou a vítima morta com a faca cravada no peito.

Violência - Joelma já era vítima de um ciclo de violência praticado pelo então marido. Ela chegou a denunciá-lo por violência doméstica e pediu medida protetiva de urgência - que impede a aproximação do agressor. No entanto, entre os meses de março e maio de 2023, compareceu à justiça e pediu a revogação. Não há informações se o casal estava junto mesmo com a medida em vigor.

Conforme a dona de casa Geisyene André Rolon, de 31 anos, prima de Joelma, por várias vezes pediu para a vítima largar o marido. “Eu falava pra ela largar a mão dele. Dizia que ele ainda ia matar ela. Esses tempos atrás, ela denunciou, fez boletim de ocorrência. Ele vinha ficando aí e ela o perdoava. Só sei que não é de hoje essas brigas. Só que não sabia que ele agredia ela dessa forma. Ela nunca contou para nós”, disse.

 



› FONTE: Campo Grande News