Leonardo da Silva Lima, de 37 anos, foi preso em flagrante enquanto tentava fugir
“A minha mãe tá dentro daquela caixa, cara! Meu Deus do céu”, dizia em prantos a adolescente de 16 anos, enquanto a funerária recolhia o corpo de Joelma da Silva André, de 33 anos, morta a golpes de faca pelo marido, na manhã desta quarta-feira (21), no Núcleo Industrial do Indubrasil, em Campo Grande.
A garota e os quatro irmãos menores presenciaram a morte da mãe. A mulher foi assassinada no sofá de casa com faca cravada no peito. Leonardo da Silva Lima, de 37 anos, foi preso em flagrante pela equipe da Deam (Delegacia de Atendimento à Mulher) enquanto tentava fugir. “Meu Deus, eu não estou acreditando”, lamentava a adolescente, enquanto era consolada pela vizinha.
Crime - Conforme um parente da vítima, que não quis se identificar, Joelma e o agressor foram casados por 4 anos, mas estavam em processo de separação. Ontem, os dois foram para a casa de amigos beber. A mulher foi embora de carona com outra pessoa. Enquanto Leonardo foi direto para a casa, não encontrou ela e saiu da residência.
Na sequência, ele voltou e acusou a mulher de traição. O casal brigou e os filhos chamaram a PM (Polícia Militar). O agressor foi embora e voltou depois que a polícia saiu. Depois de algumas horas, o familiar ouviu os gritos dos filhos e ao se aproximar da residência encontrou a vítima morta com a faca cravada no peito.
Violência - Joelma já era vítima de um ciclo de violência praticado pelo então marido. Ela chegou a denunciá-lo por violência doméstica e pediu medida protetiva de urgência - que impede a aproximação do agressor. No entanto, entre os meses de março e maio de 2023, compareceu à justiça e pediu a revogação. Não há informações se o casal estava junto mesmo com a medida em vigor.
Conforme a dona de casa Geisyene André Rolon, de 31 anos, prima de Joelma, por várias vezes pediu para a vítima largar o marido. “Eu falava pra ela largar a mão dele. Dizia que ele ainda ia matar ela. Esses tempos atrás, ela denunciou, fez boletim de ocorrência. Ele vinha ficando aí e ela o perdoava. Só sei que não é de hoje essas brigas. Só que não sabia que ele agredia ela dessa forma. Ela nunca contou para nós”, disse.
› FONTE: Campo Grande News