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Justiça concede liberdade a dono de loja de pneus sob fiança de R$ 5 mil

Publicado em 06/03/2024 Editoria: Polícia


João Lopes de Freitas passou por audiência de custódia nesta manhã e vai responder em liberadade 
 
Em audiência de custódia, realizada na manhã desta quarta-feira, a Justiça concedeu liberdade provisória a João Lopes de Freitas, de 62 anos, proprietário da Champions Pneus e Rodas, na Avenida Eduardo Elias Zahran. Ele foi preso na segunda-feira (4), em Campo Grande, por estelionato, apropriação indébita e associação criminosa, depois de desacordo comercial com uma cliente.
 
 
"Não há indícios de que a colocação do custodiado em liberdade poderá prejudicar o andamento da instrução criminal ou a aplicação da lei penal futura", decidiu o juiz Alexandre Antunes da Silva, que presidiu a audiência. Até o fechamento deste texto, João ainda não havia pago a fiança.
 
Não é o dono? - A defesa de João ao entrar com pedido de liberdade provisória disse que o cliente não é o dono da empresa. “O requerente não é sequer dono da empresa onde a suposta vítima teve seu ‘desacordo comercial’, mas sim procurador”, alegou.  A empresa está registrada em nome de um homem e de uma mulher, nora de João.
 
No documento, o advogado cita ainda que a vítima procurou a polícia porque se arrependeu da contratação dos serviços, mas não informou ao estabelecimento que gostaria de retirar o carro ou que se recusava em realizar o serviço. Ainda conforme a defesa, foram juntadas reclamações do site "Reclame Aqui" para embasar o auto de prisão em flagrante, mas as reclamações não são da loja que seu cliente é procurador.
 
A defesa ainda descreve que a representação pela prisão em flagrante feita pela delegada Joilce Silveira Ramos se baseou em motivos pessoais, que constam no auto de prisão. Ele alegou que a autoridade policial não soube informar se a empresa na qual teve problemas pertenciam aos mesmos administradores da Champions. 
 
 
Prisão - João foi preso na última segunda-feira (4) por estelionato, depois de denúncia de cliente. Conforme registro policial, a PM (Polícia Militar) foi acionada por mulher que diz ter sido vítima do esquema.
 
Ela relatou que havia deixado seu carro, um Ford Fiesta, na loja para trocar pneus e foi informada que o serviço ficaria por cerca de R$ 500. Mais tarde, o estabelecimento informou que, na verdade, precisaria cobrar R$ 2,6 mil da dona do veículo, que supostamente estava com duas rodas amassadas.
 
A cliente não aprovou o orçamento e informou que mais tarde passaria para buscar o carro. Quando chegou ao comércio, porém, foi informada de novo valor por “serviço prestado”. Ainda conforme relatou à polícia, ela precisaria desembolsar R$ 6,8 mil para levar o carro do local. Embora não tivesse autorizado o serviço, as rodas haviam sido retiradas e a vítima foi informada que, “já que estavam amassadas”, não seria seguro que fossem recolocadas.
 
A mulher informou ainda que com o carro retido, foi constrangida a assinar documento sob o pretexto de evitar que o veículo fosse guinchado do local. Ela afirma que percebeu, logo depois, que na verdade se tratava de uma ordem de serviço e então acionou a polícia. 


› FONTE: Campo Grande News