Grupo criminoso movimenta R$ 59 milhões em produtos para produção de cocaína
Publicado em 04/04/2024
Editoria: Polícia
No total, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, em Corumbá e no Estado de São Paulo
A Operação Acetatum foi deflagrada pela PF (Polícia Federal), na manhã desta quinta-feira (4), para combater organização criminosa que movimentou R$ 59 milhões em produtos químicos, de forma clandestina, principalmente o acetato de etila, utilizado como insumo essencial na produção de cocaína. Durante a ação, foram apreendidos carros de luxo. Entre os veículos estão: Mercedes-Benz, Land Rover e Lamborghini.
No total, foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão, em Corumbá e no Estado de São Paulo: São Bernardo do Campo, Vargem Grande Paulista e Diadema, em imóveis que pertencem a pessoas físicas e jurídicas responsáveis pela revenda irregular dos produtos químicos e movimentação dos valores vindos da atividade criminosa.
Além dos mandados de busca e apreensão, foi determinada a suspensão da atividade econômica de 7 empresas, sequestro de ativos financeiros de 17 pessoas físicas e jurídicas, sequestro de 36 bens móveis, incluindo carros de alto luxo, caminhões, motocicletas e embarcações e indisponibilidade de oito imóveis pertencentes aos integrantes da organização criminosa investigada.
Conforme a Polícia Federal, as investigações tiveram início em 2021, quando uma van de origem boliviana foi apreendida em Corumbá com 200 litros de acetato de etila e 25 kg de permanganato de potássio. Segundo a polícia, os membros da organização são sócios de diversas empresas do ramo da indústria química e que, por meio de uma complexa rede de ações de compras e vendas, reais e fictícias, viabilizam a aquisição de produtos controlados, comercializados somente com autorização especial e utilizados para a produção de cocaína.
Os investigados vão responder pelos crimes de tráfico internacional de produtos químicos destinados à preparação de drogas e participação em organização criminosa, cujas penas somadas podem chegar a 23 anos de reclusão.
› FONTE: Campo Grande News