Turismo em aldeias é sonho de Dênis para ver a cultura ganhar o mundo
Publicado em 25/04/2024
Editoria: Arte e Cultura
Rapper Dada Yute durante visita na comunidade indígena Boa Esperança. (Foto: Antônio Márcio Farias Moreira)
Entre críticos e apoiadores, as ideias têm construído a agência de etnoturismo na região de Miranda
Filho de pais guarani-kaiowá e terena, Dênis Daniel de Oliveira cresceu permeando as duas etnias e ouviu desde cedo sobre a importância das lutas indígenas.
Sabendo das dificuldades enfrentadas por seus parentes e tendo consciência de que algumas aldeias de Mato Grosso do Sul sempre receberam visitantes, o estudante de Turismo decidiu criar a primeira agência de etnoturismo na região de Miranda para tentar melhorar o cenário.
“Eu sei que muitos parentes precisam trabalhar em situações muito difíceis como em colheitas, precisam aplicar veneno, trabalhar em fazendas, tudo isso porque eles não têm opções. Eles precisam fazer isso para sustentar a casa. Então, eu vejo que o turismo feito por nós mesmos é uma boa forma de mudar isso”, explica Dênis.
Hoje, a agência está em processo de formalização para divulgação dos roteiros na região de Mirando com aldeias como a Mãe Terra, Babaçu, Cachoeirinha e Passarinho. Isso porque, segundo o empreendedor indígena, há trâmites que vão desde a criação de associações nas comunidades até o aceite das organizações nacionais.
Em relação às atividades que já são desenvolvidas, ele comenta que os roteiros envolvem experiências culturais e gastronômicas. Como o objetivo é fomentar algo que já existe nas aldeias, os turistas são levados para momentos compartilhados com as comunidades.
Entre as atividades de agro extrativismo está a coleta da Bocaiúva, fruta típica do Estado, e o seu processo para que ela se transforme em farinha. Após a coleta do fruto nativo, há o momento de produção das receitas.
› FONTE: Campo Grande News