“Passava a mão no meu corpo”, diz segunda mirim vítima de ex-servidor - Funcionário foi demitido na semana passada, pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP)
Mais uma adolescente de 17 anos, procurou a delegacia para registrar boletim de ocorrência contra o funcionário público, acusado de assédio sexual, dentro do Paço Municipal. O servidor foi demitido na semana passada, pela prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (PP), assim que a gestora tomou conhecimento dos fatos.
A jovem que atua como Mirim, no prédio contou ao Campo Grande News que a perseguição por parte do servidor começou há aproximadamente dois meses. “Ele passava a mão sobre meu corpo, mandava indiretas sobre querer se casar comigo, tentava forçar abraços, etc”, relatou a jovem.
A menina procurou a delegacia na quarta-feira passada, após ser incentivada pela colega do Instituto Mirim, que também foi vítima do servidor público. “Comecei a me sentir desconfortada, depois que conversei com ela (outra vítima), ela me motivou a denunciar”, expos.
De acordo com a jovem, quando os assédios ocorriam, ela se afastava do homem. “Eu evitava contato com ele e evitava ficar andando sozinha por lá”, relatou completando que assim que o Instituto Mirim soube do caso foi afasta da empresa e realocada em outro local. “instituto foi muito prestativo nesse caso”, afirmou.
Na semana passada, quando o caso veio à tona, foi publicado no Diário Oficial, a exoneração do funcionário. “A Prefeitura de Campo Grande repudia veementemente qualquer tipo de assédio ou violência praticada contra mulheres ou crianças e adolescentes”, diz trecho do documento.
Primeiro caso - A menina, de 16 anos, contou a reportagem que foi perseguida dentro do prédio e precisou correr. A última vez, na terça-feira, ele teria aproveitado que a menina foi encher a garrafa d’água e a agarrou por trás para forçar um beijo no rosto. “Fiquei sem reação”.
A adolescente relatou que foi para casa assustada, mas não quis deixar a mãe preocupada. Na quarta-feira, procurou as psicólogas do Instituto Mirim e relatou a situação. Lá, ela foi aconselhada a procurar a delegacia. “É para a gente falar, nos sentir à vontade, não se calar”.
Segundo a menina, a partir do relato dela outras duas adolescentes também disseram que foram assediadas pelo mesmo servidor, mas que ainda temem procurar a polícia. “[Elas] tão com medo”.
A mãe da jovem, de 33 anos, relatou à reportagem que entrou em desespero ao saber. “Minha reação foi uma das piores. Foi a psicóloga que avisou. É uma sensação de impunidade”, lamenta. Segundo ela, a filha tem medo de voltar a trabalhar.
› FONTE: Campo Grande News