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Santa Casa de Campo Grande já realizou vários transplantes neste ano

Publicado em 14/05/2024 Editoria: Saúde


A meta é realizar 40 cirurgias até o final do ano
 
“A espera foi muito longa. Eu não acreditava mais nesse transplante. Já tinha perdido a esperança. Minha esposa sempre orava. Eu mesmo já não tinha a fé que ela tinha. Fui pego de surpresa quando me ligaram; foi uma alegria muito grande. Eu estava numa chácara e ninguém conseguia me encontrar”.
 
O relato é de Moisés Queiroz Vida, de 48 anos, o último paciente a receber um transplante de rim no mês de abril. Ele era mais um nome em uma extensa fila com cerca de 200 pessoas que aguardam por um órgão. Após cinco anos de espera, o telefonema veio e, junto, a esperança de uma vida melhor.
 
No Brasil, o transplante de rim representa cerca de 70% do total de transplantes de órgãos, sendo o país o quarto maior transplantador de rim do mundo. A Santa Casa de Campo Grande realizou, de janeiro a abril de 2024, 13 transplantes. Esse número representa quase a metade do total de procedimentos realizados em 2023, quando 28 órgãos foram doados.
 
De acordo com a médica responsável pelos transplantes da Santa Casa, Dra. Rafaela Campanholo, o mês de abril bateu recorde no número de doações. Ao todo, quatro órgãos foram transplantados apenas no mês passado. “Em 2023, foram contabilizados 28 procedimentos. A expectativa é que até o final do ano sejam realizados de 35 a 40 transplantes de rim. Cada paciente pode contemplar dois receptores. Nem sempre conseguimos ficar com os dois rins. Mas estamos entrando no quinto mês do ano com um número bom de transplantes realizados”, explica a médica.
 
Hoje, com um rim novo e uma vida toda pela frente, Moisés quer incentivar as pessoas a doarem. “Olhem para mim, feliz, vivendo de novo. Por cinco anos, minha vida ficou parada, parei de fazer tudo que gostava. Não tinha esperança e não acreditava no transplante. Por isso, peço que doem. Ajudem a salvar vidas”, destaca.
 
Fundamentais para o funcionamento do corpo, os rins filtram o sangue e auxiliam na eliminação de toxinas do organismo. Assim, o transplante é recomendado para pacientes com rins que perdem as funções básicas, normalmente provocadas pelo avanço de uma doença renal crônica.
 
“Para que o transplante aconteça, as famílias precisam autorizar a doação de órgãos. Essa conversa precisa existir. Então, se chegar aquele momento difícil, que a família decida pelo sim e por fazer a diferença na vida de alguém que está precisando. Nossa projeção de transplante para este ano é muito boa, e só vamos alcançar se tivermos doadores. É muito importante incentivar a doação”, finaliza a médica.
 


› FONTE: Santa Casa de Campo Grande