Mais dois são mortos a tiros em fronteira marcada pela guerra do crime
Publicado em 14/06/2019
Editoria: Polícia
Com lanterna, policiais procuram pistas em local onde dois homens foram mortos a tiros nesta noite (Foto: Porã News)
Dupla execução ocorreu na Vila Guillermina, em Pedro Juan Caballero, onde empresário foi morto uma hora antes
A violência segue sem controle na fronteira do Paraguai com o Brasil, principalmente na linha entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã (MS), a 323 km de Campo Grande. Mais dois homens foram executados a tiros no lado paraguaio na noite desta quinta-feira (13). Uma hora antes, um empresário já tinha sido morto por pistoleiro de moto.
As duas mortes ocorreram no bairro Vila Guillermina. As vítimas foram identificadas como Martin Quintana Caballero, 54, que possuía nove passagens pela polícia por diversos crimes, e Dario Castilho Espinosa, 54, o “Patula”, com três ordens de prisão por homicídio.
Os homens, de nacionalidade paraguaia, estavam na casa quando dois pistoleiros chegaram e começaram a atirar com pistolas calibre 9 milímetros. Pelo menos 17 tiros atingiram os dois, que morreram no local.
Investigadores da Divisão de Homicídios e da polícia técnica, acompanhados pelo promotor Marcos Amarilla e pelo medico legista Cesar Gonzalez, foram ao local, mas não conseguiram pistas dos matadores.
As execuções aconteceram em menos de uma hora depois da morte do empresário Rafael Romeiro Ribeiro, 28. Ele seguia de carro com a namorada pela Avenida Doutor Francia, em Pedro Juan Caballero, quando foi atacado por pistoleiros de moto. O rapaz chegou a descer do carro e correr para o lado brasileiro, mas foi perseguido e morto a tiros de pistola 9 milímetros.
Em outubro do ano passado, o pai de Rafael, o comerciante Paulo Dionizio Ribeiro, de 55 anos, foi executado em frente à casa dele, no centro de Pedro Juan Caballero. Paulo também era piloto e suspeito de ligação com o narcotráfico.
De janeiro até agora, 34 pessoas foram executadas em Pedro Juan Caballero, 11 só neste mês. a maioria das mortes, segundo a polícia, está relacionada à guerra travada entre facções e grupos criminosos locais pelo controle do tráfico de drogas na fronteira.
› FONTE: Campo Grande News