Aquidauana está participando de um importante projeto que impacta a saúde animal e, por consequência, a saúde humana, que é o combate e a prevenção a Leishmaniose.
Em Aquidauana, nesta primeira etapa haverá a colocação de coleiras com repelente contra o mosquito de leishmaniose em 2 mil cachorros de vários bairros da cidade. A ação iniciará na próxima segunda-feira, 10 de junho, com a identificação, testagem dos cães e o encoleiramento.
Conforme dados da Secretaria Municipal de Saúde, os trabalhos do Censo Canino e da testagem dos cães iniciarão na próxima semana pelos bairros com maior incidência de leishmaniose em Aquidauana, que são eles: Jardim Aeroporto, Vila Pinheiro e bairro Nova Aquidauana. Após concluírem nesses locais de maior incidência, a campanha será estendida para os outros bairros da cidade.
A participação de Aquidauana só foi possível por conta da parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e Saneamento de Aquidauana (SESAU), a Secretaria Estadual de Saúde e o Ministério da Saúde, nesse projeto que visa atender as cidades de MS que apresentaram alta incidência de leishmaniose nos cães e casos de leishmaniose visceral em humanos, inclusive com óbitos.
O projeto inicia esse mês e tem a duração prevista para 04 anos, com a disponibilização gratuita das coleiras para atender os cães com o inseticida e repelente presentes nelas.
Cães a partir dos 03 meses de idade já poderão receber as coleiras e elas devem ser mantidas por 06 meses no animal. Depois dos 06 meses de uso, a coleira será trocada por uma nova pelo agente responsável pela substituição.
Na semana passada, para organizar o cronograma de ação do projeto em Aquidauana, aconteceu uma reunião entre a secretária municipal de Saúde e Saneamento - Patrícia Panachuki, a médica veterinária e gerente de Zoonoses da Secretaria Estadual de Saúde - Camile Sanches, a coordenadora da Vigilância em Saúde da SESAU – Camila Mayer, coordenador da Vigilância Sanitária da SESAU – Antônio Damasceno e Ricardo Brock Borges - médico veterinário da SESAU.
Conforme informou a secretária de Saúde de Aquidauana - Patrícia Panachuki, esta ação tem por objetivo fazer a prevenção da leishmaniose em humanos, haja vista que, o cão que receber a coleira ficará protegido do mosquito transmissor.
Essa ação em Aquidauana também contará com a parceria da Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul (UEMS)/Campus de Aquidauana, que disponibilizará acadêmicos de Zootecnia, que irão trabalhar fazendo o “Censo Animal”, que visa obter informações sobre a população de cães na cidade.
Depois desse levantamento, que inicia na próxima semana, o próximo passo é o teste rápido nos animais para saber quais tem leishmaniose e, na sequência, o encoreilamento.
Esse trabalho de levantamento da população canina do município vai ter a supervisão da coordenadoria da Vigilância em Saúde, Vigilância Sanitária e a equipe do Vetores da SESAU.
“Junto com os acadêmicos do curso de Zootecnia, nossos profissionais da Vigilância em Saúde, Vigilância Sanitária e Agentes de Endemias estarão visitando as casas nos bairros de maior incidência para fazer o Censo Animal e já cadastrando os cães. Pedimos a atenção dos moradores, a ajuda da população desses bairros para receberem bem os entrevistadores e prestar as informações corretas, pois isso ajuda muito na ação”, explicou Camila Mayer.
CÃES CONTAMINADOS – Após a testagem rápida, caso o animal esteja positivo para a leishmaniose, será feito um contra teste que será encaminhado para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), em Campo Grande.
Com o resultado do Lacen, conforme protocolo de saúde, se confirmada a contaminação por leishmaniose, os técnicos da SESAU entrarão em contato com o proprietário para que seja feita a eutanásia do animal infectado.
Caso o proprietário não quiser a eutanásia do animal, ele deverá assinar um Termo de Responsabilidade se comprometendo a fazer todo o tratamento do animal e com acompanhamento periódico de um veterinário.
› FONTE: Agecom