Cocaína furtada de delegacia seria de carga apreendida em maio em Aquidauana
Publicado em 14/06/2019
Editoria: Polícia
O sumiço de aproximadamente 100 quilos de cocaína do interior da Delegacia de Aquidauana, intriga as autoridades da Polícia Civil. O suposto crime teria sido descoberto na última segunda-feira (10). A droga estava acondicionada em um depósito utilizado para colocar os entorpecentes que são apreendidos em ocorrências e operações, dentro da Unidade Policial, perto das celas, que foi encontrado com a janela danificada.
A Polícia Civil em nota, por meio de sua Assessoria de Imprensa, não confirma que é cocaína, mas o JNE apurou que se trata de uma carga apreendida no município no final do mês de maio, em ação conjunta da Polícia Civil com a Polícia Rodoviária Federal, onde um traficante de 68 anos foi preso e um adolescente de 15 anos, apreendido. A droga teria saído de Corumbá e teria destino a São Paulo.
A reportagem também apurou sobre o suposto envolvimento de um preso que seria retirado da cela da delegacia para efetuar serviços de limpeza na Unidade. O livre acesso dele dentro da Delegacia, poderia ter facilitado que articulasse o furto da cocaína, que tem alto valor no mercado. Mas a investigação não descarta o envolvimento de agentes no crime. O quilo da droga, pode valer mais de R$ 10 mil reais.
Ainda segundo a nota, no mesmo dia foi acionada a Corregedoria Geral da Polícia Civil, a qual é a responsável pelas investigações, mediante a instauração do respectivo inquérito policial e caso se confirme qualquer colaboração por parte de servidor Policial Civil na prática delituosa, serão instaurados procedimentos administrativos conforme previsão na legislação vigente.
O secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública, Antonio Carlos Videira, em entrevista a TV Record MS, classificou a situação como absurda. “Um absurdo! Serão tomadas todas as providências para apurar as circunstâncias do desaparecimento dessa droga, vamos apurar também a responsabilidade de por que essa droga não foi no tempo hábil incinerada ou removida para Campo Grande, e também a situação desse preso fazendo serviço de limpeza, já que isso não é autorizado. Desde o envolvido até aquele que não tomou providência, serão punidos criminal e administrativamente.
A Corregedoria se encontra na cidade apurando e tomando providências, e se necessário servidores serão afastados”.
› FONTE: JNE
