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De cima, imagem triste comprova Rio Perdido asfixiado por assoreamento

Publicado em 17/06/2024 Editoria: Região


Retrato preocupante mostra o corpo hídrico com baixo volume de líquido e muita terra 
 
Visto de cima, o Rio Perdido, em trecho no município de Caracol, tem muito mais sedimentos do que água. O retrato preocupante do assoreamento mostra o corpo hídrico com baixo volume de líquido, que corre asfixiado entre os bancos de areia. As imagens são da ponte na MS-267, no distrito de Alto Caracol. É tanta terra que se pode caminhar no leito do rio.
 
O Perdido leva esse nome porque ao correr no Parque Nacional da Serra da Bodoquena verte para um sumidouro, passando por debaixo de rochas até ressurgir por uma cavidade. O parque abrange os municípios de Bodoquena, Bonito, Jardim e Porto Murtinho.
 
Depois, o Perdido segue  até o Rio Apa, um tributário do Rio Paraguai, principal curso de água no Pantanal. Nesta viagem, tem sofrido com o assoreamento em Caracol.
 
"São rios de extrema beleza, que estão assoreando e sendo descaracterizados. Faltam APPs (Áreas de Proteção Permanente) para protegê-los. Elas deveriam ter sido criadas. A expansão da monocultura nos últimos anos traz os sedimentos que provocam o assoreamento", afirma o biólogo Sérgio Barreto, do IHP (Instituto Homem Pantaneiro).
 
O IHP acompanha a situação há cinco anos. A primeira reação foi recuperar junto ao ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) as nascentes do Rio Perdido, localizadas em três propriedades particulares.


› FONTE: Campo Grande News