Secretário de Obras é suspeito de criar uma empresa para ganhar licitações fraudadas na Saúde
A Polícia Federal amanheceu na porta da Prefeitura de Corumbá e cumpre ordens judiciais na Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, e no setor de licitação de obras, nesta quarta-feira (3). A fraude seria na Saúde.
O prefeito de Corumbá, Marcelo Aguilar Iunes, disse que não tem detalhes sobre a operação, mas confirmou ao Campo Grande News que uma denúncia foi feita para a CGU (Controladoria-Geral da União).
Os alvos são a Secretaria de Infraestrutura, a Superintendência de Serviços Públicos e o setor de licitação, que ficam no prédio da prefeitura. "É o papel da Polícia Federal, eles vão investigar", pontuou Iunes.
Um dos suspeitos é o titular da Secretária de Obras, Ricardo Ametla. Em 2020, ele foi alvo de outra operação, também por fraude.
Segundo a PF, ele é responsável por obras cujos valores ultrapassam R$ 12 milhões". Conforme a investigação que começou há 3 anos, "foi possível colher indícios de irregularidades que teriam permitido a empresa suspeita ter capacidade financeira e técnica para participar dos certames licitatórios que venceu."
A PF apreendeu dinheiro em 2 endereços, somando mais de R$ 100 mil em notas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20.
A ação é chamada de "Operação João Romão", personagem do livro o Cortiço. Na obra de Aluísio de Azevedo, João é taverneiro português, dono da pedreira e do cortiço e representa o capitalista explorador.
Já foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão em Corumbá e também aqui em Campo Grande, todos expedidos pela Justiça Federal. "Foram alvos da operação um servidor público, servidores comissionados e efetivos envolvidos nas autorizações e fiscalizações das obras executadas, além de pessoas responsáveis pelas empresas", detalha nota da PF.
› FONTE: Campo Grande News