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Sem superar dor, mãe relembra crueldade e pede justiça em Anastácio

Publicado em 17/07/2024 Editoria: Cidade


Vítima ao lado do autor do crime, Juliano Azevedo, em postagem nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)

Vítima ao lado do autor do crime, Juliano Azevedo, em postagem nas redes sociais (Foto: Reprodução/Facebook)

Sem superar a dor de perder a filha, a mãe da jovem Mikaela Oliveira Rodrigues, 22 anos, morta a facadas pelo marido, Juliano Azevedo Cardoso, 28, pede justiça para o assassino.
 
O acusado sentará no banco dos réus, na tarde desta quarta-feira (17), no Fórum de Anastácio.
 
Mikaela foi assassinada no dia 8 de setembro do ano passado e desde então, a doméstica Marinete Oliveira Jorge, 42 anos, procura respostas para a frieza e crueldade cometida por Juliano. “Não consigo superar a dor da perda, a forma como tudo aconteceu, a crueldade. Não se faz com um ser humano o que ele fez com a minha filha”, disse chorando.
 
Marinete conversou com o Campo Grande News pelo telefone, nesta manhã. Segundo ela, desde que a filha partiu, sua vida mudou completamente. Há seis meses cuidado dos netos de 2 e 3 anos, filhos do casal, ela tenta se reerguer. “Fiquei três meses sem trabalhar, mas agora voltei. Depois do crime ele e toda a família fugiu para Campo Grande, levaram as crianças, fiquei sem notícias por um tempo, corri atrás e consegui a guarda deles”, contou.
 
Traição – Três dias após o crime, no dia 11 de setembro, Juliano se entregou a polícia. Durante depoimento na delegacia, o rapaz confessou ter matado a esposa porque descobriu traição. Horas antes de se entregar, o assassino confesso fez publicações nas redes sociais para “se defender” e chegou ameaçar o suposto amante de Mikaela.
 
“Por mais que teve traição não era motivo para ele tirar a vida da minha filha como ele tirou. Agiu de sangue frio”, afirmou a mãe da vítima.
 
Postagem de defesa e ameaça que Juliano publicou nas redes sociais (Foto: Reprodução | Facebook)
Segundo Marinete, o casal estava junto pouco mais de cinco anos, os dois conviviam sempre em sua casa e no dia anterior o crime, Juliano foi até a residência dela e pegou R$ 100 emprestado. “No outro dia ele mandou mensagem para meu esposo falando que tinha matado a Mikaela e quer era para ele ir ver o corpo”, relembra.
 
Confissão - Quando recebeu a notícia, Marinete explica que estava em casa. De acordo com ela, antes de Juliano mandar o áudio confessando o crime, enviou para o seu celular, o print de uma conversa da vítima com o suposto amante. “Em seguida mandou mensagem para meu marido falando o que tinha acontecido. Não acreditei, fiquei desesperada, não queria aceitar”, expõe.
 
Mikaela foi encontrada morta, pelo padrasto, dentro do banheiro da casa que morava. Assim que o homem chegou na casa se deparou com a vítima ensanguentada e com diversas perfurações pelo corpo.
 
“Meu marido me deixou na casa da mãe do Juliano porque eu queria saber se ela estava sabendo de alguma coisa e foi até a casa deles. Eu chamei e ninguém me atendeu, quando meu marido avisou que o áudio era verdade, os vizinhos vieram me segurar e me ajudaram”, chora ao se recordar.
 
De acordo com Marinete, Juliano sempre se mostrou uma pessoa calma e nunca soube que ele fazia mal para a filha. “Eles não saiam aqui de casa, ela nunca comentou nada que ele era ciumento e na nossa frente ele nunca demonstrou nada, era uma pessoa tranquila”, alegou.
 
Questionada sobre o que espera do julgamento, Marinete pede por justiça. “Estou há dias sem dormir, com muita ansiedade esperando o dia de hoje. Nada vai trazer minha filha de volta, mas quero que ele pague pelo o que fez com ela. Queria perguntar para ele o que minha filha pedia no momento em que ele estava enchendo ela de facada”, finalizou emocionada.
 


› FONTE: Campo Grande News